O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez críticas duras à decisão da União Europeia (UE) de proibir financiamentos do bloco para instituições israelenses que operam em territórios palestinos. Netanyahu declarou que Israel "não vai aceitar quaisquer decretos externos" sobre suas fronteiras.
As novas diretrizes da UE vão bloquear doações cooperativas para entidades israelenses que operam na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, áreas tomadas após a Guerra dos Seis dias, ocorrida em 1967.
Netanyahu reafirmou ontem que a questão dos territórios só pode ser decidida por meio de negociações com os palestinos.
Para obter financiamento da UE a partir de 2014, projetos israelenses terão de aceitar uma cláusula que afirma que não operam no território compreendido entre as fronteiras pré 1967 e nem em Jerusalém Oriental, Cisjordânia e Colinas de Golã.
A cláusula significa um forte endosso da UE à exigência dos palestinos de que as fronteiras futuras de seu Estado sejam estabelecidas de acordo com os limites anteriores à Guerra dos Seis Dias. Os palestinos exigem que Israel interrompa a construção de assentamentos na Cisjordânia como condição para a retomada das negociações de paz, interrompidas desde 2008.
Israel afirma que as conversações devem ser iniciadas sem precondições e que todas as questões devem ser resolvidas por meio do diálogo.
O vice-ministro de Relações Exteriores de Israel, Zeev Elkin, disse que a decisão é "uma medida muito significativa e preocupante". "Certamente não melhora a atmosfera para conversações de paz. Pelo contrário, alimenta a recusa palestina em voltar à mesa de negociações", disse.