O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou, nesta sexta-feira (16), a decisão "unilateral" do presidente palestino, Mahmud Abbas, de pedir, na próxima semana, a adesão de um Estado da Palestina à ONU. "A paz não será conquistada por meio de uma demanda unilateral na ONU", indicou Netanyahu, em um breve comunicado.
"Não se pode obter a paz associando-se com a organização terrorista Hamas", movimento islamita no poder na Faixa de Gaza, acrescenta o comunicado, em referência ao processo de reconciliação entre o partido Fatah, de Abbas, e o Hamas.
Israel e Estados Unidos se opõem à solicitação de adesão de um Estado da Palestina às Nações Unidas argumentando que a paz pode ser conquistada apenas com um retorno às negociações diretas, que estão completamente congeladas há um ano.
O presidente palestino afirmou, nesta sexta-feira (16), que apresentará o pedido de adesão de um Estado palestino à ONU na próxima semana para que seja submetido ao Conselho de Segurança. "Vamos ao Conselho de Segurança", declarou Abbas, em um discurso transmitido pela televisão para a liderança palestina em Ramallah, dias antes de apresentar, no dia 23 de setembro, "o pedido de adesão" de um Estado da Palestina à ONU, que considerou um "direito legítimo" que repara uma "injustiça histórica".
"Após meu discurso (diante da Assembleia Geral da ONU), apresentarei a demanda de adesão ao secretário-geral, para que a envie ao presidente do Conselho de Segurança", indicou.
Hamas também critica pedido
Já o movimento Hamas criticou também, nesta sexta-feira (16), a decisão de Abbas de solicitar a adesão de um Estado palestino à ONU, classificando-a de "solitária" e considerando que apresenta "grandes riscos".
A solicitação de Abbas "apresenta muitos riscos e pode constituir uma violação dos direitos nacionais, tais como o direito ao retorno, nosso direito à resistência e à autodeterminação", declarou à AFP Sami Abu Zuhri, porta-voz do Hamas em Gaza.
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