![Netanyahu dissolve gabinete de guerra de Israel A decisão tomada pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi divulgada nesta segunda (17)](https://media.gazetadopovo.com.br/2024/06/17075302/2024-06-03T132030Z_1_LYNXMPEK520L4_RTROPTP_4_ISRAEL-PALESTINIANS-CONGRESS-NETANYAHU-960x540.jpg)
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, dissolveu o gabinete de guerra, mecanismo criado em 11 de outubro do ano passado para tomar decisões sobre a operação militar na Faixa de Gaza, segundo confirmaram fontes oficiais nesta segunda-feira (17) à Agência EFE.
A dissolução do gabinete de guerra acontece apenas uma semana depois de o líder do partido Unidade Nacional, o general reformado Benny Gantz, e o seu parceiro Gadi Eisenkot terem deixado o órgão devido aos seus desentendimentos com Netanyahu.
As decisões sensíveis sobre a guerra serão tomadas a partir de agora em um fórum de consulta menor, no qual participarão os ministros da Defesa, Yoav Gallant; e de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer; o chefe do Conselho de Segurança Nacional, Tzachi Hanegbi, e o líder ortodoxo do partido Shas, Arieh Deri, do círculo de confiança de Netanyahu.
O novo sistema evita a entrada no círculo de poder da guerra dos dois parceiros da ala mais à direita do governo de Netanyahu, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, e o titular das Finanças, Bezalel Smotrich.
“Chegou a hora de tomar decisões corajosas, conseguir uma dissuasão real e oferecer segurança aos residentes do norte, do sul e de Israel como um todo”, escreveu Ben Gvir em uma carta após a demissão de Gantz, demonstrando sua intenção de entrar no gabinete.
O ministro apoia, entre outros pontos, a entrada de tropas israelenses no Líbano no contexto da escalada de violência com o Hezbollah desde 8 de outubro.
Netanyahu, Gallant e Gantz eram os únicos com votos no recém-dissolvido gabinete de guerra, enquanto Eisenkot, Deri e Dermer eram membros observadores.
Com a saída de Gantz e Eisenkot, o gabinete ficou condenado a esta dissolução, que leva a gestão da guerra para um sistema de tomada de decisões como o estabelecido em Israel nos dias seguintes ao ataque do Hamas, no qual morreram 1.200 pessoas.
Gantz e Eisenkot, ambos ex-chefes do Estado-Maior, são membros do partido de centro-direita Unidade Nacional, que deixou a oposição e aderiu ao governo de emergência criado por Netanyahu em consequência da guerra, mas deixou esse Executivo na semana passada devido a divergências com o primeiro-ministro sobre sua gestão da crise, especialmente pela ausência de um plano pós-guerra para Gaza.
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