O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse na quinta-feira, durante um encontro com a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, que está "muito sério" com relação às conversações com os palestinos.
"Conversaremos sobre como retomar e continuar esse processo para chegar a um acordo histórico de paz e segurança entre nós e os palestinos", afirmou Netanyahu no início da reunião com Clinton em Nova York.
"Nós também esperamos ampliar isso a muitos outros países árabes...estamos muito sérios com relação a isso e queremos dar prosseguimento."
A reunião de quinta-feira ocorre depois da decisão de Israel de seguir com um novo projeto de habitação numa parte da Cisjordânia que foi anexada a Jerusalém há 43 anos, acentuando os temores dos palestinos de que o governo de Netanyahu prosseguirá com os assentamentos independentemente do impacto dele sobre o processo de paz.
Hillary Clinton, que na quarta-feira afirmou que a decisão israelense era contraproducente, disse que ainda acreditava na seriedade de Netanyahu e do presidente palestino, Mahmoud Abbas, com relação às conversações.
"O primeiro-ministro e o presidente Abbas estão muito comprometidos com uma solução de dois Estados. E nós vamos encontrar uma forma de avançar", disse ela.
Autoridades israelenses afirmam que Netanyahu pretende debater com Hillary sobre a necessidade de estabelecer amplos entendimentos entre EUA e Israel sobre as questões israelenses na área de segurança em um eventual acordo de paz, à luz dos enormes desafios à segurança previstos para a próxima década.
"As chances de se chegar a um acordo de paz aumentarão de forma significativa quando fecharmos amplos ajustes de segurança entre Israel e os Estados Unidos", afirmou Netanyahu.
Israel quer uma presença militar de longo prazo no Vale do Jordão, ao longo da fronteira oriental de um futuro Estado palestino, assim como ajuda financeira para os arranjos de segurança que serão necessários, caso um acordo de paz seja selado.
A reunião de Nova York ocorre enquanto os EUA tentam reviver as negociações de paz iniciadas em Washington no dia 2 de setembro. As conversas foram suspensas pelos palestinos três semanas depois, quando Netanyahu se recusou a estender o prazo do congelamento nas obras de assentamento na Cisjordânia.
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