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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quarta-feira (1º) ao secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, que não aceitará um acordo que inclua o fim da guerra na Faixa de Gaza, segundo informou o portal israelense Walla.
Na reunião realizada hoje pelos dois políticos, Netanyahu alertou que, se o Hamas não renunciar à sua exigência de um cessar-fogo permanente, não haverá nenhum tipo de acordo e Israel invadirá a cidade de Rafah, onde estão aglomeradas 1,4 milhão de pessoas, relatou o Walla, citando autoridades israelenses e americanas.
Uma das exigências do grupo palestino é que, em uma segunda fase do acordo para a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinos, Israel se comprometa a pôr fim à sua ofensiva, algo a que, segundo as fontes, Netanyahu se opõe.
A proposta israelense que o Hamas está analisando inclui a intenção de Israel de discutir “o regresso da calma sustentável” na Faixa de Gaza durante uma segunda fase do acordo, uma fórmula que não inclui um compromisso explícito com o fim da guerra.
Fontes egípcias afirmaram hoje à Agência EFE que a proposta de trégua que está sendo negociada entre Israel e o Hamas prevê a troca de todos os reféns israelenses nas mãos do grupo terrorista em troca da libertação de 1.290 palestinos mantidos em penitenciárias israelenses.
“Se aprovado pelo Hamas, será aplicado o documento proposto pelo Egito (...), que contém duas etapas; a primeira inclui a libertação dos [reféns] civis detidos, mulheres e crianças, sem exceção, em troca da libertação de 990 prisioneiros palestinos”, disseram as fontes, que pediram anonimato devido à delicadeza do tema.
As fontes destacaram também que na segunda fase “os demais detidos pelo Hamas e outros grupos serão libertados em troca da libertação de 300 prisioneiros palestinos”.
Por sua vez, o jornal libanês Al Akhbar, próximo do grupo terrorista xiita Hezbollah, publicou nesta quarta-feira um documento que afirma ser o “texto da proposta” entregue pelo Egito ao Hamas, sobre a qual se espera a resposta do grupo terrorista palestino.
Esta proposta prevê a libertação de todos os reféns israelenses detidos em Gaza, incluindo militares e os mortos, em troca da retirada israelense do enclave e do início da sua reconstrução, segundo o jornal.
A publicação libanesa afirmou ainda que a iniciativa inclui uma pausa nos combates em três fases, com a duração de 124 dias, nas quais seria aplicada uma cessação das operações militares em paralelo com um aumento da ajuda humanitária aos palestinos.