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Netanyahu: “Ninguém nos deterá. Nem Haia, nem o Eixo do Mal”.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu| Foto: EFE/EPA/ABIR SULTAN

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta quarta-feira (31) aos familiares dos mais de 100 reféns que permanecem na Faixa de Gaza sob controle do grupo terrorista Hamas que seu governo está preparando um plano para resgatá-los, em meio a intensas negociações para uma nova trégua na guerra.

“Embora seja muito cedo para dizer como isso acontecerá, o esforço está sendo feito agora”, disse Netanyahu a 26 representantes de 18 famílias, durante a reunião celebrada em Jerusalém, de acordo com um comunicado de seu gabinete.

“Estamos fazendo todo o possivel” para resgatar os reféns, disse o premiê, recusando a dar detalhes de um possível novo acordo com o Hamas.

“Quanto mais discreta for [a negociação], maiores serão as probabilidades de sucesso”, argumentou, garantindo que sua vontade de resgatar os reféns é “genuína”.

Os desesperados familiares dos reféns têm liderado manifestações cada vez maiores em Tel Aviv, Jerusalém e outras cidades israelenses para pressionar Netanyahu a ceder a "quaisquer exigências" do Hamas para resgatar seus entes queridos.

Nas últimas semanas, o Hamas afirmou estar disposto a libertar os reféns em troca de um "cessar-fogo definitivo", algo que Netanyahu recusou veementemente, considerando que a guerra deve continuar até à eliminação do grupo terrorista de Gaza.

No entanto, Catar, Egito e Estados Unidos, que atuam como mediadores na guerra entre Israel e Hamas, estão negociando uma nova trégua semelhante à que ocorreu durante uma semana no final de novembro, quando 105 reféns foram libertados em troca da liberação de 240 palestinos [mulheres e menores de idade] mantidos em prisões israelenses.

Atualmente, o Hamas - que exige a retirada total das tropas israelenses de Gaza - está considerando um projeto de acordo proposto pelo Catar que inclui a libertação de 35 prisioneiros civis em troca de um cessar-fogo completo durante 45 dias, a libertação de cerca de 100 prisioneiros palestinos por cada libertação de reféns e aumento da ajuda humanitária para Gaza, informaram à Agência EFE fontes próximas das conversações.

Em uma segunda etapa, os reféns militares seriam libertados e, em uma terceira, seriam recuperados os corpos dos reféns que morreram durante o cativeiro.

No entanto, o ministro de Segurança israelense, Itamar Ben-Gvir, advertiu hoje que não aceitará um acordo que signifique a libertação de milhares de prisioneiros palestinos ou que “coloque em perigo a segurança de Israel”.

Por sua vez, o antigo primeiro-ministro e líder da oposição, Yair Lapid, disse ao "Canal 12" que seu partido está pronto para entrar no governo de Netanyahu "para substituir" os partidos Poder Judaico, de Ben Gvir e Sionismo Religioso, do ministro de Finanças, Bezalel Smotrcih.

A guerra no Oriente Médio eclodiu em 7 de outubro, após os ataques terroristas do Hamas contra Israel, que resultou em cerca de 1,2 mil pessoas mortas e no sequestro de outras 250 em cidades israelenses perto da Faixa.

Estima-se que atualmente restam 132 reféns em Gaza - 121 israelenses e 11 estrangeiros -, dos quais ao menos 26 morreram, segundo as autoridades de Israel.

Entretanto, centenas de israelenses insatisfeitos com o envio de ajuda humanitária para Gaza protestam diariamente na passagem fronteiriça de Kerem Shalom tentando impedir a passagem dos caminhões. Hoje, várias dezenas deles foram detidos no meio de confrontos, segundo a imprensa local, afirmando que 120 veículos entraram por aquele ponto durante o dia.

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