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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo (21) que nos próximos dias seu país aumentará a "pressão política e militar sobre o Hamas" para garantir a libertação dos 133 reféns israelenses ainda retidos na Faixa de Gaza.
"Em vez de abandonar suas posições extremistas, o Hamas está se beneficiando de nossas divisões e se sente encorajado pelas pressões exercidas contra o governo israelense. Portanto, nós lhe daremos golpes dolorosos e isso acontecerá em breve", disse o premiê em uma mensagem de Pessach, a Páscoa judaica.
Netanyahu culpou novamente o grupo islâmico por rejeitar todas as propostas para um cessar-fogo na Faixa de Gaza que permitiria uma troca de reféns de Israel por prisioneiros palestinos, apesar de o Hamas estar pedindo há meses um cessar-fogo "final" como pré-requisito - algo a que Netanyahu se opõe.
As exigências do Hamas são o fim da ofensiva, a retirada das tropas de Gaza, o retorno das pessoas deslocadas do norte para suas casas e a entrada de ajuda humanitária suficiente para reconstruir o enclave.
A mensagem de Netanyahu chega no momento em que continuam a crescer as expectativas sobre a possível ofensiva militar de Israel em Rafah, aprovada pelo primeiro-ministro há mais de um mês, mas que tem a oposição da maior parte da comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, o principal aliado militar de Israel.
O primeiro-ministro também enviou um aviso a Washington, depois que o portal americano Axios publicou nas últimas horas que o Departamento de Estado planeja sancionar o batalhão do Exército israelense Netzah Yehuda, por possíveis violações dos direitos humanos na Cisjordânia ocupada.
"Lutarei ferozmente para defender as Forças de Defesa de Israel, nosso Exército e nossos militares. Se alguém achar que pode impor sanções a uma unidade do Exército, eu lutarei com todas as minhas forças", disse Netanyahu.