Netanyahu durante visita a Jerusalém do primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, na segunda-feira (12)| Foto: EFE/EPA/ABIR SULTAN
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, divulgou um comunicado no qual disse que o país não reconhecerá um Estado palestino sob pressão externa.

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“As minhas posições podem ser resumidas nas duas frases seguintes”, disse Netanyahu, em mensagem publicada no X. “Israel rejeita categoricamente os ditames internacionais relativos a um acordo permanente com os palestinos. Tal acordo só será alcançado através de negociações diretas entre as partes, sem condições prévias.”

“Israel continuará a se opor ao reconhecimento unilateral de um Estado palestino. Tal reconhecimento na sequência do massacre de 7 de outubro daria uma enorme recompensa ao terrorismo sem precedentes e impediria qualquer futuro acordo de paz”, acrescentou o primeiro-ministro.

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A declaração foi publicada após Netanyahu conversar pela segunda vez nesta semana por telefone com o presidente americano Joe Biden, um dos que defendem conversas para a criação de um Estado palestino.

Um funcionário do gabinete do premiê disse ao jornal The Times of Israel que os líderes abordaram na conversa a libertação dos reféns do grupo terrorista Hamas, a iminente incursão terrestre na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, a situação humanitária no enclave palestino e a próxima fase da guerra.

Nesta semana, o site da emissora NBC News relatou que Biden tem expressado em conversas privadas cada vez mais insatisfação com Netanyahu.

Cinco fontes disseram que Biden acusou o premiê israelense de “infernizá-lo” e afirmou que é “impossível” lidar com ele, devido a sua recusa de chegar a um acordo de cessar-fogo em Gaza.

As mesmas fontes afirmaram que Biden tem se referido a Netanyahu em privado com termos desdenhosos, como “esse cara”, ou abertamente ofensivos, como “asshole” (“bundão” ou “idiota”).

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No domingo (11), segundo a Casa Branca, Biden pediu a Netanyahu numa conversa por telefone um plano “crível e executável” para proteger a população civil de Rafah durante a incursão terrestre anunciada por Israel.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]