O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta quinta-feira (31) que seu país tem “mais liberdade de ação no Irã do que nunca”, e garantiu que as forças israelenses podem chegar a “qualquer ponto” do regime islâmico.
“O maior objetivo que estabeleci para o Exército e as forças de segurança é impedir que o Irã obtenha armas nucleares”, disse o premiê israelense durante uma cerimônia de formatura militar, acrescentando que, “por razões óbvias”, não pode detalhar seus planos “para alcançar este objetivo supremo”.
Em seu discurso, Netanyahu defendeu as ofensivas contra os grupos terroristas Hamas, na Faixa de Gaza, e Hezbollah, no Líbano, e disse que Israel não terá mais exércitos terroristas próximos de suas fronteiras.
Além disso, reiterou sua posição (antecipada pouco antes em uma reunião com o mediador americano para o conflito no Líbano, Amos Hochstein) de que qualquer acordo para pôr fim à luta contra o Hezbollah deve permitir a Israel a capacidade de garantir seu cumprimento.
O ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o chefe do Estado-Maior Israelense, Herzi Halevi, também participaram da cerimônia.
A eclosão da guerra em Gaza em outubro do ano passado, após o massacre do Hamas dentro do território israelense, e, desde há um mês, a escalada da guerra contra o Hezbollah no Líbano serviram para relativizar os tabus que costumavam caracterizar a relação entre o Irã e Israel.
Em abril, o regime islâmico atacou o território israelense pela primeira vez com centenas de mísseis e drones, seguido de um segundo ataque no começo deste mês em resposta às mortes do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio lançado por Israel em Beirute, e do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em um ataque atribuído a Israel contra Teerã.
Israel, por sua vez, confirmou pela primeira vez que atacou diretamente o Irã no fim de semana passado, em resposta ao ataque de outubro.
Desde então, autoridades israelenses, como o próprio Halevi, alertaram o Irã sobre o “erro” de atacar novamente o território do país.
O ataque de Israel no fim de semana passado, em resposta ao lançamento de cerca de 180 mísseis pelo Irã no início de outubro, matou quatro soldados, um civil e danificou alguns radares, segundo as autoridades iranianas.
Israel, por sua vez, afirma ter atingido “fábricas de mísseis, formações de mísseis terra-ar e capacidades aéreas iranianas”, segundo um comunicado do Ministério da Defesa.
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