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tensão

Netanyahu diz que "só os fatos" contam na Síria e no Irã

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo que "não são palavras e sim os fatos" que contam na hora de avaliar o acordo alcançado entre Rússia e Estados Unidos para desarmar a Síria de seu arsenal químico.

Em uma cerimônia no principal cemitério militar do país por ocasião do 40º aniversário da Guerra do Yom Kippur, Netanyahu se mostrou esperançoso de que "os entendimentos alcançados deem frutos".

O primeiro-ministro disse ainda que o acordo ajudará nos "esforços internacionais para frear o rearmamento nuclear do Irã".

"Também neste caso não serão as palavras que contarão mas os fatos", acrescentou.

O acordo entre Rússia e Estados Unidos alcançado no fim de semana é encarado por Israel como cautela, pois o país teme que a prudência do presidente americano, Barack Obama, ao abordar o ataque químico na Síria, reflita sua postura na questão do Irã.

O jornal "Yedioth Ahronoth" afirmou hoje que do ponto de vista israelense, a forma com a qual a Casa Branca tratou a questão Síria coloca dúvidas se Washington ainda segue disposto a empregar todos os meios a seu alcance para impedir que Teerã produza armas nucleares.

"Israel deve estar preparado para se defender e a preparação é hoje mais importante que nunca", afirmou o primeiro-ministro.

O secretário de Estado americano, John Kerry, chega hoje a Jerusalém para se reunir com Netanyahu e conversar sobre o acordo com a Síria e o processo de paz com os palestinos.

Na cerimônia de homenagem aos cerca de 2.500 mortos israelenses na guerra de 1973, o presidente Shimon Peres assegurou que o presidente sírio, Bashar al Assad, não terá saída a não ser "cumprir seus compromissos e se desarmar".

"Estados Unidos e Rússia, junto a muitos outros países, estão à frente deste processo, enquanto Obama esclareceu várias vezes que a opção militar segue aberta caso o acordo não seja cumprido", disse.

Da mesma como Netanyahu, embora mais diplomático, Peres também relacionou o acordo na Síria com o programa nuclear iraniano, ao afirmar que "um pacto de desarmamento sob ameaça do uso da força militar deve servir de lição aos dirigentes do Irã".

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