O premier de Israel, Benjamin Netanyahu, rebateu ontem a onda mundial de condenação a seu país pela ação militar contra uma frota humanitária que tentava romper o bloqueio marítimo à Faixa de Gaza.
Na interceptação, nove ativistas foram mortos e mais de 30 ficaram feridos em confrontos com soldados israelenses. Netanyahu defendeu o bloqueio dizendo que ele é necessário para barrar as tentativas iranianas de armar o grupo extremista palestino Hamas, que controla Gaza. "Vamos aos fatos: o Hamas continua a se armar. O Irã continua a contrabandear armas para Gaza, disse.
Para o premier, "Israel enfrenta um ataque internacional de hipocrisia enquanto tenta impedir que a faixa de Gaza se transforme numa base iraniana.
Esse é o objetivo, disse ele, da ordem de inspecionar todas as embarcações que se aproximam do território.
"Se não fizermos isso, haverá um porto iraniano em Gaza, e o significado será destrutivo para todo cidadão de Israel, afirmou.
Israel tem sido acusado de ter usado força excessiva e de ter violado a lei internacional ao abordar os navios fora de suas águas territoriais. O governo diz, porém, que é permitido empreender uma ação preventiva quando há suspeita de atividade hostil.
Para Netanyahu, a reação agressiva dos militantes à abordagem dos soldados é uma prova de que sua intenção não era humanitária. O premier disse ainda que Israel se ofereceu para transferir os suprimentos a Gaza, mas os ativistas recusaram e preferiram desafiar o bloqueio.
Confronto
"Nossos soldados encontraram um grupo radical e violento que apoiou grupos terroristas internacionais e hoje apoia o grupo terrorista Hamas, afirmou. "Não era um navio de amor. Era um navio de ódio. Não era uma frota de paz, era uma frota de apoiadores do terror.
Para Netanyahu, ficou claro pelas conversas que teve com soldados que participaram da operação e pelas imagens feitas a bordo que muitos dos ativistas premeditaram a violência. "Atacaram os soldados com facas, porretes, roubaram suas armas e atiraram neles. Esses são pacifistas?, indagou.