O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, informou nesta quarta-feira (27) que irá recorrer contra o mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra ele e seu ex-ministro da Defesa Yoav Gallant.
“Israel apresentou hoje ao Tribunal Penal Internacional um aviso de sua intenção de apelar perante o tribunal, junto com uma ação para adiar a execução do mandado de prisão", informou um comunicado do gabinete do premiê.
A notificação, destaca a nota, “revela detalhadamente o quão implausível e carente de base factual ou jurídica foi a decisão de emissão dos mandados de prisão”.
Além disso, o governo israelense declarou que não reconhece a autoridade do TPI nem os mandados de prisão correspondentes.
A imprensa israelense revelou que a participação da França nas negociações de cessar-fogo no Líbano, entre Israel e o grupo terrorista Hezbollah, estava condicionada ao compromisso de que Paris anunciaria que não cumpriria o mandado de prisão contra Netanyahu emitido pelo TPI.
O anúncio do apelo ocorreu após um encontro entre Netanyahu e o senador americano Lindsey Graham, do Partido Republicano, em Jerusalém, em um encontro em que discutiram as iniciativas promovidas no Congresso dos EUA para sancionar os países que cooperam com o TPI.
O TPI emitiu mandados de prisão em 21 de novembro para Netanyahu e Gallant acusados de “crimes de guerra” pela ofensiva israelense na Faixa de Gaza, onde estão combatendo o grupo terrorista Hamas que mantém reféns sequestrados durante o massacre realizado em Israel em outubro de 2023.
Como Bolsonaro se prepara para reagir ao indiciamento por suposto golpe
Corte de gastos do governo: quais as medidas que Haddad pode anunciar nesta quarta
Mentor do golpe ou quem o impediu: as narrativas em torno de Bolsonaro após indiciamento
“Era atendimento religioso”, diz defesa de padre indiciado com Bolsonaro
Deixe sua opinião