O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu| Foto: OHAD ZWIGENBERG/EFE/EPA
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reconheceu neste domingo (8), em uma reunião com familiares dos reféns, que só um acordo de troca permitirá retirar de Gaza seus entes queridos, que estão em poder do Hamas há mais de um ano.

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“O primeiro-ministro reconheceu que os reféns só regressarão através de um acordo negociado e que está disposto a aceitar um cessar-fogo para avançar no regresso dessas pessoas”, afirma o comunicado do Fórum das Famílias dos Reféns. Este foi o primeiro encontro dos familiares com o mandatário israelense em mais de três meses, segundo a agência de notícias EFE.

“Solicitamos reuniões periódicas com o primeiro-ministro entre os acontecimentos. Esperamos ter notícias dos avanços nos próximos dias”, acrescenta a nota.

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Na reunião, Netanyahu disse às famílias que há “vários motivos para otimismo” na assinatura de um novo acordo para libertar os quase 100 reféns – 34 dos quais mortos segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI) – que o grupo palestino ainda mantém.

"O primeiro-ministro nos disse que esse é o momento para se chegar a um acordo sobre a libertação dos reféns. Pedimos que atue agora para libertar todos os reféns, tanto vivos como mortos. Reiteramos que todos os casos são humanitários”, informa o comunicado.

Além disso, o premiê israelense prometeu pôr de lado as diferenças dentro da coligação para que não seja influenciada “a questão do regresso dos reféns”.

A ala mais ultraconservadora do governo de Netanyahu se recusa a negociar com o Hamas. O acordo diz respeito a troca de reféns por prisioneiros palestinos. Em mais de uma ocasião, vários ministros radicais ameaçaram abandonar a coligação se Netanyahu optar por meios diplomáticos.

“Entendemos que o primeiro-ministro reconhece progressos significativos na capacidade de chegar a um acordo”, conclui a nota do Fórum das Famílias dos Reféns.

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Negociações para retirada de reféns em Gaza

Em mais de um ano de guerra, Hamas e Israel só chegaram a um acordo sobre o cessar-fogo e a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinos, em novembro do ano passado, o que serviu para libertar 105 dos 251 sequestrados por 240 prisioneiros.

O grupo islâmico está realizando uma contagem dos reféns israelenses vivos em Gaza, em paralelo à confirmação de que Catar, interlocutor do Hamas nas conversações, retomou o papel de mediador depois de ter renunciado há quase um mês.

A contagem de reféns coincide com a nova rodada de negociações, no Cairo, entre Hamas e Israel para alcançar um cessar-fogo. Os dois lados deram sinais positivos sobre a possibilidade de chegar a um acordo.