Benjamin Netanyahu irá às eleições israelenses, na terça-feira (10), com a ministra de Relações Exteriores, Tzipi Livni, na sua cola e um partido de extrema direita tirando seus votos, de acordo com pesquisas de opinião divulgadas nesta sexta-feira (6).
Quatro pesquisas no último dia permitido mostram que o partido de direita de Netanyahu, o Likud, supera o centrista Kadima, de Livni, por duas ou três cadeiras na corrida para os 120 assentos do Knesset (parlamento), queda de 4-5 em relação ao mês passado e de 9 cadeiras em pesquisas de dezembro. Uma pesquisa indicava o Likud com 26 assentos e o Kadima com 23.
Em contraste, o partido de extrema direita Yisrael Beitenu (Nosso Lugar é Israel), liderado pelo ex-assessor de Netanyahu Avigdor Lieberman, teria 18 ou 19 cadeiras. Há apenas um mês, o partido que expressa sentimentos anti-árabes, registrava os mesmos 11 assentos que havia ganho nas eleições de 2006.
Com a saída do primeiro-ministro Ehud Olmert, do Kadima, em meio a um escândalo de corrupção, Livni e o ministro da Defesa, Ehud Barak foram pouco beneficiados pelo grande apoio local à ofensiva israelense contra os militantes islâmicos do Hamas, na Faixa de Gaza, em dezembro e janeiro.
Enquanto o Likud, liderado por Netanyahu quando este foi premiê, no fim dos anos 90, também apoiou a guerra, Lieberman recebeu os novos votos, focando nos israelenses esperançosos em uma política mais dura com os palestinos.
Analistas dizem que israelenses se inclinaram à direita devido a preocupações com segurança depois da guerra na Faixa de Gaza e frustrações com as paralisadas conversas de paz com os palestinos.
Mesmo que Netanyahu, que demonstrou interesse limitado nas conversas, ou Livni, que liderou as negociações, conquistem a maior parte dos assentos do parlamento, nenhum dos dois deverá controlá-lo, segundo previsões.
Isso implicaria em semanas de negociações para uma coalizão nas quais Lieberman, o partido trabalhista do ministro de Defesa Ehud Barak e o partido religioso Shas serão peças fundamentais.
Por tradição, o presidente Shimon Peres convidará o líder do partido com maior representação no parlamento para tentar formar um governo. Mas muitos analistas duvidam que, mesmo se Livni superar Netanyahu, ela seja capaz se formar uma maioria - seu fracasso em formar um governo de coalizão provocou a convocação de eleições antecipadas.
Muitos acreditam que Barak, de esquerda, preferiria unir-se a um gabinete liderado por Netanyahu do que um governo centrista conduzido por Livni.
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