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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aprovou nesta quarta-feira (14) o envio de uma equipe de negociadores a Doha, no Catar, para negociar um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, em reunião com mediadores da qual o grupo terrorista Hamas não participará.
“Netanyahu aprovou a partida da delegação israelense amanhã”, informou o gabinete após reunião com os negociadores.
A delegação israelense será chefiada pelo chefe do serviço de inteligência exterior, Mossad, David Barnea; o chefe do serviço interno, Shin Bet, Ronen Bar; e o major-general Nitzan Alon, que está supervisionando as negociações em nome das Forças de Defesa de Israel (FDI), de acordo com o Canal 12 de notícias local.
O grupo viajará para o Catar amanhã e se reunirá com os mediadores - Estados Unidos, Catar e Egito - “por vários dias”, anunciou o mediador americano para o conflito Líbano-Israel, Amos Hochstein.
Na mesa, está um acordo que permitiria a troca dos 111 reféns israelenses ainda mantidos em Gaza em troca da libertação de prisioneiros palestinos em Israel, embora as partes estejam em conflito há meses sobre uma linha vermelha: o fim definitivo dos combates e a retirada das tropas israelenses do território palestino.
O Hamas, que reiterou nesta quarta que não enviará uma delegação a Doha, não participará das negociações.
O grupo anunciou sua ausência no domingo, exigindo que os mediadores obriguem Israel a cumprir o que ficou acertado antes (a proposta anunciada no final de maio pelos EUA) “em vez de continuar com novas rodadas de negociações”.
A reunião de Doha ocorre em um momento em que as conversas estão atoladas em incertezas após a morte do ex-líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em um ataque em Teerã pelo qual Israel não reivindicou nem negou a responsabilidade.
Haniyeh, que apoiava as negociações, foi sucedido pelo líder do grupo em Gaza e mentor dos ataques de 7 de outubro de 2023, Yahya Sinwar, cuja posição é mais beligerante do que a do seu antecessor.
Conteúdo editado por: Fábio Galão