O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta quarta-feira que Israel deve manter a presença na Cisjordânia mesmo depois de um acordo de paz. Foi a primeira vez que declarou tal exigência.
O premiê disse que a experiência de ataques com foguetes disparados das fronteiras com o Líbano e com a Faixa de Gaza significa que Israel deve se capaz de evitar que tais armamentos sejam levados para a entidade palestina na Cisjordânia.
"Não podemos permitir que isso aconteça a partir do centro de nosso país", disse ele a repórteres estrangeiros em Jerusalém. "Estamos cercados por um arsenal crescente de foguetes colocados em enclaves apoiados pelo Irã ao sul e ao norte", disse ele, referindo-se ao Líbano e à Faixa de Gaza.
Os palestinos querem criar um Estado independente formado pela Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental, mas sem a presença israelense, seja civil ou militar.
Atualmente, Israel tem o controle completo da Cisjordânia e suas fronteiras, embora a Autoridade Palestina patrulhe os centros mais povoados.
Netanyahu destacou os sistemas de defesa que Israel está desenvolvendo para combater os foguetes disparados contra seu território, mas admitiu que eles são "proibitivamente caros". Netanyahu disse que o Hezbollah, no Líbano, e o Hamas, em Gaza, conseguem seus foguetes de países vizinhos e que isso precisa parar.
Durante a coletiva de imprensa, Netanyahu também pediu sanções internacionais mais duras contra o Irã. Ele disse que há uma "aceitação geral" da visão de Israel de que o Irã representa uma ameaça estratégica por causa de seu programa nuclear.
"A questão é se há vontade de agir. Em breve, descobriremos", disse ele.
Netanyahu não fez referência à possibilidade de Israel e outros países atacarem militarmente o Irã. O Irã afirma que seu programa nuclear é pacífico, mas Israel, os Estados Unidos e outros países suspeitam que o Irã esteja construindo armas nucleares.
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