Primeiro-ministro israelense alertou grupo xiita libanês em visita às tropas próximo à fronteira dos dois países.| Foto: Simon Walker/EFE
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, advertiu o grupo xiita libanês Hezbollah, neste domingo (22), que vai “cometer o pior erro da sua vida” se entrar na guerra entre o governo e o Hamas, que já dura 16 dias.

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O premiê israelense fez o alerta durante visita às tropas mobilizadas na fronteira com o Líbano, onde os combates se intensificaram.

Segundo o gabinete de Netanyahu, Israel afirmou que “atingirá o Hezbollah com uma força que eles não podem sequer imaginar e as consequências para eles e para o Líbano serão devastadoras”. O premiê enfatizou a seriedade do conflito em curso, declarando.

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“Se o Hezbollah decidir entrar em guerra, vai ansiar pela segunda guerra do Líbano. Estará cometendo o pior erro da sua vida. [...] Não é um exagero, é isso que é esta guerra. É matar ou ser morto, e é necessário matá-los”, afirmou.

A fronteira entre Israel e o Líbano atingiu o ponto mais tenso desde a guerra de 2006 contra o Hezbollah, com fortes confrontos ocorrendo nas últimas semanas. O grupo xiita lançou ataques com mísseis, foguetes e morteiros contra o território israelense, resultando em intensos ataques aéreos e de artilharia por parte de Israel.

Nas últimas 24 horas, o Hezbollah reivindicou seis ataques contra o território de Israel, que respondeu com fogo pesado e causou pelo menos três baixas nas fileiras do grupo libanês.

O Hezbollah afirmou que “interviria na guerra” se Israel lançasse uma incursão terrestre na Faixa de Gaza, e o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, advertiu que o Hezbollah “pagaria um preço elevado” por seu envolvimento.

Neste domingo (22), Israel ordenou a evacuação de mais 14 comunidades no Norte do país, perto da fronteira libanesa, à medida que intensifica seus ataques às infraestruturas militares do Hezbollah. A escalada nas últimas duas semanas na fronteira resultou em pelo menos 41 mortes, incluindo militares e civis em ambos os lados, bem como membros do Hezbollah e de milícias palestinas.

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A tensão na região permanece elevada, com preocupações sobre a possibilidade de um conflito ainda mais amplo. Desde o início dos conflitos de Israel contra o Hamas, mais de 6 mil pessoas morreram de ambos os lados. Entre os palestinos, são mais de 4 mil vítimas.