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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta segunda-feira (14) que o mundo árabe está passando por um "terremoto", mas que ele espera "o melhor" para os países envolvidos. Netanyahu referiu-se aos protestos que derrubaram os presidentes da Tunísia e do Egito e que se espalharam para outros países como o Bahrein, o Iêmen e a Jordânia.

O chefe de governo israelense disse esperar que a crise entre os países árabes fortaleça os acordos de paz e gere novos pactos, mas afirmou que seu país permanece "preparado para qualquer possibilidade". Israel tem tratados com alguns países da região, mas o clima de instabilidade preocupa as autoridades.

No Egito, onde Hosni Mubarak foi derrubado após 30 anos no poder os militares que assumiram o governo provisoriamente já adiantaram ao Estado judeu que honrarão os acordos de paz de Camp David, assinados em 1979. Os tratados mantiveram a estabilidade entre os dois países por mais de três décadas.

O ex-comandante militar israelense Gabi Ashkenazi também disse que seu país está comprometido com os pactos, mas reiterou a preparação das tropas. "Nós nos preparamos para essa situação. Pensamos em vários cenários", disse.

Os protestos no mundo árabe tiveram início na Tunísia, onde o ditador Zine El Abidine Ben Ali renunciou e deixou o país após manifestações. Na última sexta-feira, foi a vez de Mubarak renunciar. Agora, manifestações ocorrem em vários outros países árabes e também no Irã, que apesar de estar no Oriente Médio e ser vizinho de nações árabes, é persa. As informações são da Associated Press.

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