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O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, considerou nesta quinta-feira (26) "incorretas" as notícias sobre a possível aceitação de um cessar-fogo de 21 dias no Líbano nas próximas horas, e disse que os combates continuarão "com força total".
"As notícias sobre um cessar-fogo são incorretas. Trata-se de uma proposta franco-americana, à qual o primeiro-ministro nem sequer respondeu", disse o comunicado, referindo-se à proposta de trégua apresentada nesta quarta-feira (25) por uma coalizão de países estrangeiros.
Estados Unidos e França, juntamente a países aliados, como Canadá e Alemanha, emitiram uma declaração conjunta pedindo um cessar-fogo de 21 dias na fronteira entre Israel e Líbano, durante o qual também seriam promovidas negociações para a libertação de reféns e uma trégua na Faixa de Gaza.
Sobre esse ponto, o gabinete de Netanyahu disse que o primeiro-ministro "instruiu as Forças Armadas a continuar a luta com força total e de acordo com os planos que lhe foram apresentados".
Além disso, em referência à guerra contra o Hamas, após a qual o Hezbollah iniciou seus ataques ao norte de Israel em 8 de outubro, a declaração reiterou que Israel só a encerrará "quando todos os objetivos da guerra forem alcançados".
Essa declaração oficial foi feita depois que a imprensa israelense e a estrangeira repercutiram a proposta de trégua anunciada pela Casa Branca, dando a entender, de acordo com autoridades anônimas dos EUA, que a trégua seria anunciada em questão "de horas".
"Não haverá cessar-fogo no norte. Continuaremos lutando com todas as nossas forças contra a organização terrorista Hezbollah até a vitória e o retorno seguro do povo do norte para suas casas", disse na rede social X o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, que atua como primeiro-ministro na ausência de Netanyahu.
Netanyahu, junto a sua esposa Sara, viajou para Nova York, onde deve discursar na Assembleia Geral da ONU nesta sexta-feira (27), em fala que deve se concentrar na ameaça do Hezbollah, do Irã e no direito de Israel à autodefesa.
A intensa campanha de ataques de Israel começou na segunda-feira contra várias regiões do sul e do leste do Líbano, bem como nos subúrbios do sul de Beirute e em cidades mais ao norte da capital, considerados redutos do Hezbollah.
Segundo as Forças de Defesa (IDF), as operações militares destruíram diversos centros de lançamento de mísseis do grupo xiita, bem como eliminaram lideranças terroristas responsáveis por organizarem os ataques contra o norte de Israel.
O Exército de Israel informou, em breve comunicado nesta quinta-feira, que lançou um "ataque de precisão" contra Beirute, sem dar mais detalhes até o momento. Este é o quarto bombardeio israelense contra a capital do Líbano em menos de sete dias.