Benjamin Netanyahu iniciou nesta segunda-feira negociações com o Partido Trabalhista de Israel, de centro-esquerda, para formar uma coalizão alternativa ao governo de direita que poderia causar divergências com os Estados Unidos sobre a paz no Oriente Médio.
Negociadores do partido Likud, de Netanyahu, encontraram-se com trabalhistas poucas horas após o primeiro-ministro indicado pelo presidente Shimon Peres ter recrutado o partido ultra-ortodoxo judeu Shas para a coalizão.
O Partido Trabalhista é liderada pelo ministro da Defesa de Israel, Ehud Barack, que enfrenta oposição dentro do partido ao acordo com o Likud.
A aliança com o Shas, após acordo firmado também este mês com o partido Yisrael Beitenu, do ultranacionalista Avigdor Lieberman, deixa Netanyahu mais próximo de estabelecer um governo de direita.
"Agora nós temos 53 parlamentares comprometidos com a coalizão liderada por Benjamin Netanyahu, e nos próximos dias vamos trabalhar para aumentar a base parlamentar de apoio ao seu governo", disse o parlamentar do Likud Gideon Saar.
Essa coalizão poderia colocar Netanyahu em rota de colisão com o novo presidente dos EUA, Barack Obama, que prometeu agir por um acordo de paz no Oriente Médio que inclua uma território para os palestinos.
A promessa feita por Netanyahu de indicar Lieberman como chanceler despertou preocupação internacional. Liebeman propôs transferir as terras onde a maioria dos 1,5 milhão de árabes moradores de Israel vive para um futuro Estado palestino, em troca dos assentamentos judeus na Cisjordânia ocupada.
Netanyahu, que ainda busca a maioria nos Parlamento de 120 membros, quer mudar o foco da atualmente congelada negociação com os palestinos da disputa territorial para questões econômicas.
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