O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou neste domingo as declarações do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, advertindo sobre o crescente boicote contra o Estado israelense se as negociações de paz com os palestinos fracassarem.

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"As tentativas de impor um boicote ao Estado de Israel são imorais e injustas. Além disso, não atingirão seus objetivos", disse ele durante o início de uma reunião semanal de gabinete.

"Em segundo lugar, nenhuma pressão fará com que eu ceda no que diz respeito aos interesses vitais do Estado de Israel, especialmente a segurança dos cidadãos de Israel. Por essas duas razões, ameaças de boicote ao Estado de Israel não atingirão seus objetivos."

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As declarações de Netanyahu foram feitas um dias depois de Kerry ter advertido sobre o potencial impacto econômico das ações do país sobre sua própria economia.

"Para Israel, os riscos também são muito altos", declarou o chefe da diplomacia norte-americana durante uma conferência de segurança em Munique.

"Há uma crescente campanha de deslegitimação contra Israel, que está crescendo. As pessoas são muito sensíveis a ela. Há rumores sobre boicotes e outras coisas", disse Kerry.

Nos últimos meses, um crescente número de governos e empresas internacionais têm afirmado que não farão negócios com empresas israelenses com ligações com assentamentos judaicos em territórios palestinos, o que destaca o sucesso de uma campanha de boicote liderada pelos palestinos.

O chamado movimento BDS (boicote, desinvestimento e sanções pela Palestina) trabalha para convencer governos, empresas e celebridades a cortar todas as suas ligações com empresas israelenses que tenham atividades em territórios palestinos ocupados, numa tentativa de repetir o sucesso do boicote que pôs fim ao apartheid na África do Sul.

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Na semana passada, a atriz norte-americana Scarlett Johansson foi forçada a escolher entre ser embaixadora da organização humanitária britânica Oxfam ou ser garota propaganda da empresa israelense SodaStream, que tem uma fábrica na Cisjordânia, depois de o grupo ter afirmado que das funções eram "incompatíveis". Ela cortou suas relações com a Oxfam.

No mesmo dia, o fundo soberano da Noruega colocou em sua lista negra duas empresas israelenses envolvidas em construções em assentamentos em Jerusalém Oriental.

Desde 1º de janeiro, a União Europeia também bloqueou todos os subsídios e financiamentos para organizações israelenses que operem além das linhas estabelecidas antes da guerra de 1967, quando Israel anexou os territórios palestinos. Fonte: Dow Jones Newswires.