Plano do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para Gaza prevê fim do Hamas e substituição de agência da ONU| Foto: EFE/Ohad Zwigenberg
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, revelou pela primeira vez, e após quatro meses e meio de guerra na Faixa de Gaza, seu plano para “o dia seguinte” ao conflito, no qual descreve um enclave desmilitarizado, cuja segurança dependerá a médio prazo de Israel e onde a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) será substituída por outras organizações de ajuda humanitária.

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Em um documento apresentado nesta quinta-feira (22) ao gabinete de guerra para aprovação, e publicado nesta sexta-feira (23) pelo gabinete do primeiro-ministro, Netanyahu recordou os objetivos a curto prazo: destruir as capacidades militares e a infraestrutura governamental tanto do Hamas como da Jihad Islâmica, libertar os reféns e evitar que Gaza volte a ser uma ameaça.

A médio prazo, o premiê projetou uma Faixa onde Israel manterá a liberdade de operações militares “sem limite de tempo”, com um perímetro de segurança na divisa e controle israelense da fronteira entre Gaza e Egito para evitar o reaparecimento de terroristas.

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“A ‘Cerca Sul’ funcionará, na medida do possível, em cooperação com o Egito e com a assistência dos Estados Unidos, e se baseará em medidas para prevenir o contrabando do Egito, tanto subterrâneo como aéreo, incluindo a passagem de Rafah”, detalha o documento.

Além disso, Israel afirma que manterá o controle de segurança sobre a Cisjordânia e Gaza, sendo que no enclave “haverá uma desmilitarização completa”.

Quanto à administração civil e à ordem pública, estas seriam reguladas por funcionários locais com experiência administrativa distantes de "países ou entidades que apoiam o terrorismo e não receberão pagamento deles", diz o documento, que anuncia um "programa integral" do que chama de desradicalização de instituições religiosas e educacionais no enclave, com a ajuda de outros países árabes.

No longo prazo, Netanyahu insistiu na rejeição de um Estado palestino ou de “ditames internacionais sobre um acordo permanente” e previu o fim da UNRWA, “cujos agentes estiveram envolvidos no massacre de 7 de outubro”, repete o texto.

“Israel trabalhará para impedir as atividades da UNRWA na Faixa de Gaza e substituí-las por agências de ajuda internacional responsáveis”, destaca o plano. (Com Agência EFE)

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