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Caos de inverno

Neve cancela voos e afeta fim de ano nos EUA

Mais de 1.400 decolagens foram suspensas no país; clima deve melhorar nos próximos dias

O aeroporto J.F. Kennedy, de Nova York, precisou de pesados equipamentos de remoção de neve | Chris Hondros/AFP
O aeroporto J.F. Kennedy, de Nova York, precisou de pesados equipamentos de remoção de neve (Foto: Chris Hondros/AFP)
Neve deixou carros, bicicletas, trens, metrôs e aviões inutilizáveis em Nova York |

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Neve deixou carros, bicicletas, trens, metrôs e aviões inutilizáveis em Nova York

Nova York - Centenas de pessoas jogadas pelo chão, procurando descansar se acomodando nas malas ou no companheiro ao lado, ou até deitadas nas esteiras de bagagem. Lixeiras transbordando e filas de mais de uma hora nos restaurantes.

Esse é um retrato dos principais aeroportos em Nova York, depois que mais de 1.400 voos foram cancelados em todo o território americano devido à sexta maior nevasca da história da cidade.

Os três aeroportos da região (John Fitzgerald Kennedy, La Guardia e Newark) estão fechados desde domingo por causa da neve, e a promessa era a de que eles só reabririam na noite de ontem, dependendo da intensidade dos ventos.

Brasileiros relataram durante o dia de ontem estar há mais de 30 horas à espera em aeroportos americanos.

A companhia TAM informou que quatro voos foram cancelados: o JJ8083 (Nova York-Guaru­­lhos), o JJ8082 (Guarulhos-Nova York), o JJ8079 (Nova York-Galeão) e o JJ8081 (Nova York-Guarulhos). Outros quatro voos de outras companhias foram suspensos.

Os principais aeroportos de Nova York reabriram à noite, e a previsão é de melhora no clima hoje.

A nevasca acumulou uma média de 46 cm a 61 cm de neve, e, na região de Staten Island, houve registros de 74 cm.

Os carros amanheceram cobertos de neve, e, se as grandes avenidas de Nova York estavam em condições razoáveis de trânsito, o mesmo não se podia dizer das ruas secundárias, lotadas de neve e intransitáveis.

Não era difícil encontrar motoristas com pás em mão, tentando desatolar seus carros, até mesmo para que as máquinas da prefeitura pudessem passar e limpar a neve.

Sem pânico

O prefeito Michael Bloomberg pediu aos moradores que evitassem dirigir e que ligassem para o 911 (telefone de emergência) em casos de riscos de morte.

"O mundo não acabou. A cidade continua. Muitas pessoas estão tirando o dia livre. A maioria das lojas está aberta. Não há motivo para ninguém entrar em pânico", afirmou o prefeito.

Outros serviços de transporte também foram paralisados pela nevasca na região de Nova York. Parte dos trens metropolitanos teve o funcionamento interrompido. Um dos trens do metrô na cidade ficou preso porque os trilhos ficaram congelados – e os passageiros tiveram de esperar pelo resgate.

Pegar táxi também não era tarefa fácil, especialmente pela manhã, quando havia poucos carros e alguns estavam atolados na neve. O brasileiro Vinicius Panico, estudante de Medicina, disse, por exemplo, que teve de pagar US$ 100 por uma corrida que, normalmente, custa US$ 50 de Manhattan até o aeroporto JFK. Inicialmente, conta ele, o taxista não estava disposto a fazer o trecho por dinheiro nenhum.

Além dos problemas nos transportes, os nova-iorquinos foram prejudicados pela falta de energia, especialmente na região do Queens.

A tempestade afetou várias outras regiões. Os governos dos estados de Virgínia, Maryland e Massachusetts mantêm o estado de emergência declarado no domingo, quando o temporal avançou desde o centro do país em direção ao leste.

Serviço:

Telefones de atendimento da TAM:

4002-5700 (capitais)

0800-555-500 (demais localidades)

1 888 2FLYTAM (nos EUA)

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