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O aeroporto J.F. Kennedy, de Nova York, precisou de pesados equipamentos de remoção de neve | Chris Hondros/AFP
O aeroporto J.F. Kennedy, de Nova York, precisou de pesados equipamentos de remoção de neve| Foto: Chris Hondros/AFP

Transtorno

Em Nova York, esta foi a sexta maior nevasca da história. Outros estados do país precisaram decretar estado de emergência.

Nova York

3 aeroportos fechados, ruas interditadas pela neve e metrô afetado.

Aeroportos

Voos foram cancelados também em granes cidades como Philadelphia, Washington, Baltimore, Chicago e Carolinas do Sul e do Norte.

Emergência

Seis estados decretaram estado de emergência no domingo. Ontem, ainda permaneciam nessa condição os estados da Virgínia, Maryland e Massachusetts.

Fonte: Folhapress

Brasileiros passam dia presos dentro de casa

Mesmo brasileiros que moram há vários anos nos Estados Unidos – onde a alternância climática é mais acentuada – se mostram surpreendidos com a intensidade e os transtornos causados pela nevasca. A gaúcha Taís Summ, moradora do estado de Nova Jersey, ficou ilhada em casa durante todo o dia de ontem. "Durante os 11 anos em que moro aqui, nunca tinha visto uma tempestade como essa", afirma. "Meu marido, que trabalha em Nova York, só conseguiu chegar em casa às 3h da manhã."

Ela conta que os serviços públicos foram afetados pela nevasca, dificultando o deslocamento dos habitantes da região. "Está tudo praticamente parado. Ocorreram muitos acidentes na estrada. Os trens estão funcionando com horários de final de semana, e os ônibus estão todos atrasados. Só consegue trafegar quem tem carro com tração 4x4", diz.

O mineiro Silvio de Souza, que mora em Nova York há 23 anos, também foi obrigado a permanecer em casa ontem e faltar a um dia de trabalho. "A neve havia bloqueado a minha porta. Tive que pular a janela para poder limpar a frente de casa", conta.

Souza, que é diretor de um jornal direcionado a imigrantes brasileiros, ligou para vários conhecidos na região de Nova York, que relataram problemas semelhantes. "O noticiário da tevê recomenda sair de casa apenas se houver necessidade. Normalmente somos avisados da chegada de uma grande nevasca pela meteorologia, mas desta vez não houve qualquer alerta", frisa.

Osny Tavares

  • Neve deixou carros, bicicletas, trens, metrôs e aviões inutilizáveis em Nova York

Nova York - Centenas de pessoas jogadas pelo chão, procurando descansar se acomodando nas malas ou no companheiro ao lado, ou até deitadas nas esteiras de bagagem. Lixeiras transbordando e filas de mais de uma hora nos restaurantes.

Esse é um retrato dos principais aeroportos em Nova York, depois que mais de 1.400 voos foram cancelados em todo o território americano devido à sexta maior nevasca da história da cidade.

Os três aeroportos da região (John Fitzgerald Kennedy, La Guardia e Newark) estão fechados desde domingo por causa da neve, e a promessa era a de que eles só reabririam na noite de ontem, dependendo da intensidade dos ventos.

Brasileiros relataram durante o dia de ontem estar há mais de 30 horas à espera em aeroportos americanos.

A companhia TAM informou que quatro voos foram cancelados: o JJ8083 (Nova York-Guaru­­lhos), o JJ8082 (Guarulhos-Nova York), o JJ8079 (Nova York-Galeão) e o JJ8081 (Nova York-Guarulhos). Outros quatro voos de outras companhias foram suspensos.

Os principais aeroportos de Nova York reabriram à noite, e a previsão é de melhora no clima hoje.

A nevasca acumulou uma média de 46 cm a 61 cm de neve, e, na região de Staten Island, houve registros de 74 cm.

Os carros amanheceram cobertos de neve, e, se as grandes avenidas de Nova York estavam em condições razoáveis de trânsito, o mesmo não se podia dizer das ruas secundárias, lotadas de neve e intransitáveis.

Não era difícil encontrar motoristas com pás em mão, tentando desatolar seus carros, até mesmo para que as máquinas da prefeitura pudessem passar e limpar a neve.

Sem pânico

O prefeito Michael Bloomberg pediu aos moradores que evitassem dirigir e que ligassem para o 911 (telefone de emergência) em casos de riscos de morte.

"O mundo não acabou. A cidade continua. Muitas pessoas estão tirando o dia livre. A maioria das lojas está aberta. Não há motivo para ninguém entrar em pânico", afirmou o prefeito.

Outros serviços de transporte também foram paralisados pela nevasca na região de Nova York. Parte dos trens metropolitanos teve o funcionamento interrompido. Um dos trens do metrô na cidade ficou preso porque os trilhos ficaram congelados – e os passageiros tiveram de esperar pelo resgate.

Pegar táxi também não era tarefa fácil, especialmente pela manhã, quando havia poucos carros e alguns estavam atolados na neve. O brasileiro Vinicius Panico, estudante de Medicina, disse, por exemplo, que teve de pagar US$ 100 por uma corrida que, normalmente, custa US$ 50 de Manhattan até o aeroporto JFK. Inicialmente, conta ele, o taxista não estava disposto a fazer o trecho por dinheiro nenhum.

Além dos problemas nos transportes, os nova-iorquinos foram prejudicados pela falta de energia, especialmente na região do Queens.

A tempestade afetou várias outras regiões. Os governos dos estados de Virgínia, Maryland e Massachusetts mantêm o estado de emergência declarado no domingo, quando o temporal avançou desde o centro do país em direção ao leste.

Serviço:

Telefones de atendimento da TAM:

4002-5700 (capitais)

0800-555-500 (demais localidades)

1 888 2FLYTAM (nos EUA)

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