O jornal The New York Times e a revista The New Yorker venceram juntos o principal prêmio Pulitzer pelas denúncias de assédio sexual e estupro contra figurões norte-americanos, como o produtor de cinema Harvey Weinstein.
Em sua edição 2018, o Pulitzer premiou na categoria "serviço público" uma série de reportagens do jornal e da revista sobre relatos de assédio sexual e até estupro contra nomes fortes da imprensa e do cinema.
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Entre as principais acusações, a premiação destacou reportagem do jornal sobre Bill OReilly, ex-âncora da Fox News, e as reportagens do jornal e da revista sobre Weinstein, até então um poderosíssimo produtor de Hollywood, responsável por filmes como "Pulp Fiction".
As reportagens fomentaram onda de denúncias que, ao fim de 2017, desaguaram no movimento #MeToo (#eutambém), que, por sua vez, motivou inúmeras mulheres em todo o mundo a relatarem episódios de abuso em seus ambientes de trabalho.
Outras categorias
A Redação do jornal The Press-Democrat, em Santa Rosa, na Califórnia, foi premiada na categoria "notícias urgentes" pela cobertura em texto, vídeo e fotografia dos incêndios florestais que atingiram a região em 2017.
Já a Redação do The Washington Post foi premiada na categoria "reportagem investigativa" graças aos trabalhos sobre o histórico de casos de abuso sexual contra garotas adolescentes por parte de Roy Moore, candidato republicano ao Senado pelo Estado do Alabama.
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The New York Times e The Washington Post dividiram ainda um prêmio na categoria "reportagem nacional", por reportagens sobre a extensão e os efeitos da influência russa sobre as eleições norte-americanas de 2016.
Criado em 1917 sob doações do magnata de imprensa húngaro-americano Joseph Pulitzer (1847-1911), o Pulitzer destaca anualmente coberturas da imprensa em língua inglesa nos Estados Unidos.
São premiados trabalhos em 21 categorias, todos com prêmios em dinheiro de US$ 15 mil (R$ 51,3 mil), à exceção do prêmio principal de "serviço público", que confere aos laureados uma medalha de ouro.
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