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dinheiro e negócios

Acomodação alternativa atrai mais viajantes

Steve Puryear em um condomínio em Austin, no Texas, que aluga para viajantes por meio do Airbnb | ilana panich-linsman para The New York Times
Steve Puryear em um condomínio em Austin, no Texas, que aluga para viajantes por meio do Airbnb (Foto: ilana panich-linsman para The New York Times)

Como um número cada vez maior de viajantes de negócios, Lauren Hauber, de San Francisco começou a se hospedar em apartamentos e casas através do Airbnb, um serviço que promove aluguel por curtos períodos – e que, há alguns meses, criou um site específico para quem viaja a trabalho.

Lauren e dois colegas alugaram um apartamento de três quartos em um condomínio em Austin, no Texas, onde vão participar da conferência SXSW Eco este mês — e acabou se mostrando mais conveniente, saindo mais em conta e oferecendo mais benefícios que os hotéis da área.

"Gosto muito de ter uma cozinha. Não há nenhuma desvantagem em usar o Airbnb", diz Lauren, responsável pelo desenvolvimento de negócios da Wildlife Works, empresa ambiental de Mill Valley, na Califórnia.

Cada vez mais preocupadas com o orçamento, empresas grandes e pequenas estão deixando os hotéis de lado para apostar em apartamentos e casas. A tendência é parte do movimento crescente da chamada "economia compartilhada" e que também inclui companhias de aluguel de carro como a Uber e a TaskRabbit, que ajuda nas tarefas diárias.

O Airbnb se recusou a fornecer o número de pessoas que usam o serviço, mas pelo menos 55 empresas estão se valendo do site para planejar suas viagens, segundo informa Lex Bayer, seu diretor de desenvolvimento de negócios. "Geralmente quem viaja a negócios é um bom viajante. Todo mundo tem o maior prazer de trabalhar com esse setor".

Steve Puryear diz que a maioria dos hóspedes de seu condomínio — incluindo Lauren — é de gente a trabalho. "Muita gente estava alugando para fazer festa de solteiro, mas fiz o possível para me voltar para o seguimento empresarial. Os outros apartamentos são de moradores e as reclamações por causa do barulho já estavam saindo caras". O principal concorrente do Airbnb, HomeAway, não tem a intenção de se dedicar mais ou somente no viajante a trabalho, informa Jon Gray, um de seus executivos. Segundo ele, esse tipo de cliente representa apenas dois por cento do movimento da companhia.

O Airbnb briga com os donos de hotéis e as autoridades em cidades como San Francisco e Nova York, e também na Europa, já que o governo ainda tenta encontrar uma maneira de taxar e regular a tal da economia compartilhada.

Enquanto isso não acontece, o serviço se mostra de grande valia para a GitHub, uma startup de software com cerca de 150 empregados na periferia de San Francisco. Brian Doll, o vice-presidente, conta que, sem ele, muitos funcionários seus teriam problemas para encontrar hotel durante as conferências.

"Todos estão sempre praticamente lotados e o que estiver disponível custa seis vezes mais a média do mercado", afirma.

Outra vantagem, segundo Doll, é que as propriedades do Airbnb oferecem mais espaço que os quartos de hotel. "Às vezes mandamos quatro, seis pessoas a uma determinada cidade para trabalharem juntas. Um hotel não comporta esse tipo de coisa".

A concorrência do Airbnb e empresas semelhantes deve forçar os hotéis a encontrar novas formas de atrair o viajante executivo, constata Michael W. McCormick, da Global Business Travel Association. "Tanto o viajante como as empresas estão sempre buscando opções criativas".

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