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Abelhas em um favo dentro da colmeia Flow Hive, dos Andersons | Fred McKie/The New York Times
Abelhas em um favo dentro da colmeia Flow Hive, dos Andersons| Foto: Fred McKie/The New York Times

Cedar Anderson às vezes despeja um pote de mel inteiro sobre a sua comida. “Algumas pessoas me chamam de Ursinho Pooh.”

Para alimentar esse hábito, Anderson, 35, cria abelhas no quintal da sua casa, em Broken Head, na costa leste da Austrália.

Dez anos atrás, ele se irritou com os métodos tradicionais de extração de mel. Em um galpão do quintal, ele e seu pai, Stuart, inventaram uma configuração alternativa chamada Flow Hive (“colmeia de fluxo”). Neste ano, começaram a vender o sistema.

Abelhas domesticadas vivem em colmeias artificiais —caixas que contêm molduras de madeira que sustentam os favos de mel. As abelhas enchem os favos com mel e os selam com cera.

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Tradicionalmente, os apicultores usam trajes protetores, sedam as abelhas com fumaça e removem as molduras. Eles cortam os lacres de cera, colocam as estruturas em um extrator e filtram o material para eliminar a cera e abelhas mortas.

“Se você tem uma colmeia mal-humorada, e muitas das minhas são assim, elas [as abelhas] são capazes de picar você através do traje de apicultor”, disse Anderson.

As armações da Flow Hive contêm favos de plástico e cera, que se abrem quando o apicultor insere uma espécie de chave pela lateral. O mel escorre por um tubo curto, e a colmeia tem um painel transparente, também de plástico, que permite ao apicultor avaliar a produção.

“Na verdade, dá para ver a língua das abelhas depositando o mel”, disse Anderson.

As abelhas, acrescenta ele, não se afligem quando os apicultores retiram o mel. “Elas em princípio nem notam”, afirmou.

Para iniciar a produção desse sistema, os Andersons precisavam de pelo menos US$ 70 mil.

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Em fevereiro, sua empresa começou a aceitar pré-encomendas de colmeias e favos artificiais, usando o site de crowdfunding (financiamento coletivo) Indiegogo. Uma colmeia com seis quadros custa US$ 600.

Em apenas sete segundos de campanha na Indiegogo, os Andersons atingiram a sua meta de US$ 70 mil. Em um dia, as encomendas atingiram o valor de US$ 2,18 milhões.

No final, a campanha faturou US$ 12,2 milhões, estabelecendo um recorde de arrecadação de fundos numa campanha da Indiegogo, segundo Slava Rubin, executivo-chefe do site.

As plataformas de crowdfunding se tornaram para os empresários uma forma habitual de escapar dos canais tradicionais de financiamento, mas as maiores histórias de sucesso geralmente envolvem produtos tecnológicos. Já o Flow Hive não exige uma tecnologia particularmente sofisticada. É apenas um jeito novo de realizar um trabalho árduo e antigo.

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De todas as encomendas do Flow Hive, 60% vieram dos EUA, onde o “faça você mesmo” e a conscientização sobre a sustentabilidade deram origem a legiões de cervejeiros domésticos, avicultores de jardim e fabricantes de picles artesanais.

A campanha do Flux Hive no Indiegogo também atraiu compradores de outros 150 países e territórios, segundo Rubin.

Michael Bush, autor de uma série de livros intitulada “Practical Beekeper” (“apicultor prático”), inicialmente foi cético. “Achei que fosse impossível quando vi num vídeo pela primeira vez. Achei que era brincadeira”, disse ele por e-mail. Sua opinião mudou quando os Andersons lhe enviaram uma colmeia e pediram que ele a testasse. Embora ache caro, considera esse “o ‘gadget’ de apicultura mais legal” que ele já viu.

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