Beyoncé postou um vídeo no Facebook mostrando os bastidores de sua apresentação ao vivo no MTV Video Music Awards, e ele foi assistido 2,4 milhões de vezes. No YouTube, o clipe de quatro minutos teve apenas alguns milhares de visualizações.
A diferença: muitos dos 64 milhões de fãs da cantora no Facebook viram o vídeo no seu feed de notícias e compartilharam com seus amigos. Quem o assistiu no YouTube do Google não tinha a mesma facilidade de divulgar seu entusiasmo.
"Para nós, o Facebook tornou-se a plataforma primária de comunicação com os fãs", disse Lauren Wirtzer Seawood, chefe da área digital da Parkwood Entertainment, empresa que gerencia a carreira de Beyoncé.
O YouTube ainda é o gigante do vídeo on-line, especialmente como uma coletânea de trabalhos com maior apelo e como o lugar onde os criadores podem ganhar dinheiro com anúncios. Mas a capacidade do Facebook de usar conexões sociais para rapidamente tornar o conteúdo popular, aliado às mudanças que a rede social fez em seu feed de notícias para melhor exibi-los, ajudou no rápido crescimento do número de vídeos vistos no site no ano passado.
Desde junho, o Facebook, que tem aproximadamente 1,3 bilhão de usuários mensais em todo o mundo, conta agora com uma média de 1 bilhão de visualizações de vídeos por dia. Aproximadamente 100 milhões de novos vídeos são postados todos os meses. Apesar de ser uma pequena fração do tráfego do YouTube, o número aumentou significativamente em apenas alguns meses.Chris Cox, chefe de produto do Facebook, disse que vídeos ainda estão na sua infância no Facebook. Usuários comuns estão começando a aprender a produzir bons vídeos em seus smartphones, e profissionais da câmera ainda não sabem como usar a rede social para aumentar sua audiência.
A própria empresa está apenas começando a lidar com a forma de oferecer a seus usuários uma experiência satisfatória com essa mídia no site.
Em dezembro último, o Facebook introduziu a reprodução automática sem som, quando os usuários passavam pelos vídeos em seus feeds de notícias. Mas o recurso, que pode ser desligado, desagradou aos usuários que precisam pagar pelo uso de dados extras em seus telefones celulares. Desde então, o Facebook mudou a função auto-play para minimizar o consumo de dados e adicionou uma opção para que os usuários móveis utilizem esse recurso apenas quando estão em uma conexão Wi-Fi.
O Facebook também precisava atualizar sua infraestrutura para hospedar mais vídeos e entregá-lo rapidamente e sem problemas meta ainda não atingida , além de outras melhorias.
"Ainda não temos suporte a embedding. Deveríamos ter", disse Cox, referindo-se à capacidade de incorporar um vídeo do Facebook em outros sites. "Precisamos ter certeza de que as pessoas têm um bom controle sobre os vídeos que assistem".Talvez nada tenha demonstrado mais o poder do vídeo no Facebook quanto o "desafio do balde de gelo", o recente fenômeno de mídia social em que milhões de pessoas, desde celebridades até desconhecidos, derramaram baldes de água gelada sobre suas cabeças e desafiavam os outros a fazer o mesmo para arrecadar dinheiro para a pesquisa da esclerose lateral amiotrófica e outros empreendimentos de caridade.
Entre os dias primeiro de junho e primeiro de setembro, disse o Facebook , mais de 17 milhões de vídeos relacionados ao desafio foram compartilhados em seu serviço. Os vídeos foram vistos mais de 10 bilhões de vezes por mais de 440 milhões de pessoas.
"O mais legal é que isso ensinou as pessoas a postarem um vídeo" disse Cox.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura