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Luta livre profissional vê seu futuro online

A World Wrestling Entertainment possui serviço que oferece aos fãs nomes como John Cena, à esq., e The Rock | WWE
A World Wrestling Entertainment possui serviço que oferece aos fãs nomes como John Cena, à esq., e The Rock (Foto: WWE)

O empresário da luta livre profissional Vince McMahon e sua empresa, a World Wrestling Entertainment, se posicionaram como líderes da televisão por internet com a WWE Network, um novo serviço de streaming de vídeo somente por assinatura. Lançado em fevereiro, a rede transmite os eventos de luta profissional que antes só eram disponibilizadas via TV a cabo ou satélite.

E quando a WWE recentemente organizou seu 30o evento WrestleMania no Superdome, em Nova Orleans, a indústria do entretenimento e Wall Street observaram tão atentamente quanto os fãs da luta.

As ações da WWE, uma empresa de capital aberto com sede em Stamford, em Connecticut, mais do que triplicaram seu valor ao longo do último ano, com o lançamento da rede de assinatura e rumores de uma aquisição. McMahon, de 68 anos, controla a empresa, e a ambiciosa WWE Network pode ser seu último ato no comando, segundo observadores da indústria.

"Acredito que uma mudança definitiva na forma com que a luta profissional e o entretenimento esportivo são transmitidos é a maneira melhor de proceder", declarou Brandon Stroud, um comentarista de luta livre.

Com os espectadores evitando os pacotes caros da TV a cabo a favor da televisão grátis no YouTube ou serviços de assinatura mensal como o Netflix, McMahon decidiu ir aonde seus clientes estão.

Sua empresa colocou dezenas de milhões de dólares na WWE Network, que oferece streaming de sua programação por US$10 mensais. Esse pacote inclui acesso aos eventos de pay-per-view da WWE, que chegam a custar US$70.

"Possuir e controlar sua própria plataforma é uma grande mudança para nós", afirmou George Barrios, diretor estratégico e financeiro da WWE.

Foi também uma grande mudança para alguns dos antigos parceiros da WWE, que não estavam tão animados com o novo empreendimento.

Em parte para satisfazer seus distribuidores tradicionais, a WWE transmitiu o WrestleMania 30 via cabo, satélite e provedores de telecomunicações como Comcast e Dish Networks. Mas a publicidade do WrestleMania 30 promoveu intensamente a opção de assistir ao evento através de sua rede.

"De forma realista, a empresa precisava se desvincular do negócio do pay-per-view", disse Bradley Safalow, fundador da PAA Research, uma firma independente de pesquisa.

A taxa mensal de US$10 – mais alta do que os US$8 do Netflix – deveria agradar aos fãs do WWE, que hoje recebem acesso a caros eventos de pay-per-view como o WrestleMania.

Os fãs mais ardorosos podem acompanhar combates clássicos, como a luta principal do WrestleMania I, em 1985, uma batalha trazendo Hulk Hogan e Mr. T contra Roddy Piper e Paul Orndorff.

Segundo Michelle Wilson, diretora de receita e marketing da WWE, além dos principais argumentos de venda, a rede pretende acrescentar novidades como programas de entrevistas ou animações para atrair públicos diversificados.

Os fãs também poderão conferir lutas nunca televisionadas a uma audiência nacional. Desde a década de 1990, a WWE vem adquirindo as bibliotecas de eventos de luta livre de empresas menores e regionais, com a ideia de algum dia ter sua própria rede, explicou Jim Ross, ex-assessor sênior da WWE.

A meta da empresa é ter um milhão de assinantes ao longo do próximo ano, embora McMahon espere superar esse número. Durante esse período, a rede também pretende expandir para outros 11 países.

A programação da WWE é transmitida em mais de 150 países e atinge cerca de 650 milhões de lares no mundo todo, de acordo com o site da WWE.

A WWE fechou parceria com a Advanced Media, que inova os serviços de streaming e foi responsável pela construção da infraestrutura de transmissão da WWE Network. No seu primeiro dia de operação em fevereiro, os servidores da rede travaram devido ao inesperado excesso de demanda.

"Acho que nunca foi nossa intenção afirmar ‘Ei, seremos os primeiros, queremos ser os desbravadores, somos o futuro da televisão’", disse Wilson. "Nosso objetivo sempre foi atender aos nossos fãs".

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