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Lily conheceu David graças à mãe dela, que criou sua conta num site de namoro | Jena Cumbo
Lily conheceu David graças à mãe dela, que criou sua conta num site de namoro| Foto: Jena Cumbo

Todo casal tem sua história de "como nos conhecemos". Quantos desses relatos agora incluem menções a aplicativos de encontros como o Tinder ou mensagens trocadas num site de namoro?

O projeto de fotografia "Nós nos conhecemos na internet" explora as conexões românticas que as pessoas fizeram on-line, com retratos dos casais e relatos curtos sobre onde se encontraram.

O projeto foi criado em janeiro por Jena Cumbo, fotógrafa do Brooklyn. Gina Tron, escritora do Brooklyn, se juntou posteriormente a Cumbo.

Segundo Cumbo, "são feitas tantas conexaões on-line quanto pessoalmente".

Estudo recente da Pew informou que um em cada dez norte-americanos já usou sites de namoro ou aplicativos para celular; entre essas pessoas, a maioria marcou encontros por meio de uma ferramenta digital.

De acordo com Tron, o que poderia parecer indigno ou até mesmo perigoso uma ou duas décadas atrás, agora se tornou lugar-comum.

"Em 1998, era considerado insano publicar o nome real e uma foto na internet, mas nós fazemos isso o dia inteiro", ela afirmou. E com frequência, não são apenas as nossas identidades e fotografias, como também nossa localização, as meditações mais profundas, nossas refeições e nossa família.

"Ainda que o namoro on-line seja algo mais típico da nova era, ele é mais tradicional quando se trata dos papéis no namoro", disse Tron. "Se você começa a ficar com uma pessoa de forma casual, é mais difícil passar para o nível no qual admite em que viraram um casal." Porém, para ela, "quando a pessoa é conhecida por um site de namoro, é obviamente um namoro".

No caso de Valerie e Roberto, que se conheceram no site MakeOutClub.com em 2002, foram precisos meses de telefonemas antes de se conhecerem ao vivo. Por fim, eles terminaram se casando.

Outro casal encontrou uma conexão enquanto trocava mensagens sobre perda de peso no Myspace e transformou esse vínculo num casamento que já dura quase uma década.

Cumbo e Tron disseram que muitas das pessoas entrevistadas afirmaram que o namoro on-line os ajudou a navegar pelo mundo sombrio das interações on-line, onde as intenções e a emoção podem ser difíceis de decifrar.

O estigma do encontro on-line ainda não desapareceu por completo, mas a esperança desse projeto é resultar num livro que ajude a normalizar uma experiência que está se tornando cada vez mais comum.

Muitos casais entrevistados admitiram terem inicialmente inventando suas histórias de "como nos conhecemos" ao falar sobre o relacionamento com a família e os amigos. Mesmo assim, segundo Tron, ela sente que o conceito do namoro na internet está "melhorando, se tornando mais normal".

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