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A MallforAfrica envia produtos como roupas e aparelhos eletrônicos do seu armazém, no Oregon, para a Nigéria | Thomas Patterson/The New York Times
A MallforAfrica envia produtos como roupas e aparelhos eletrônicos do seu armazém, no Oregon, para a Nigéria| Foto: Thomas Patterson/The New York Times

No ano passado, quando Tunde Adebayo precisou de três castelos infláveis ​​para a sua produtora de eventos em Lagos, na Nigéria, ele recorreu a um serviço de compras on-line chamado MallforAfrica.

“Aqui, às vezes duvidamos das empresas on-line”, disse Adebayo. Por isso, ele testou o serviço com uma compra barata. Agora, frequentemente adquire produtos nesse site.

Chris e Tope Folayan, dois irmãos que foram criados na Nigéria e fizeram faculdade nos EUA, fundaram a MallforAfrica em 2013. A empresa permite que nigerianos adquiram produtos norte-americanos e britânicos difíceis de encontrar nas lojas da Nigéria e que os sites de varejo geralmente não oferecem por causa dos impostos, dos custos com frete e das preocupações com fraudes.

A empresa faz parte de um setor que está em franca expansão no país. Com o crescimento das classes média e alta na Nigéria, aumentou também o apetite por produtos importados.

Folayan disse que teve a ideia de criar o MallforAfrica no início da década de 2000. Sempre que se preparava para visitar a Nigéria, parentes e amigos lhe enviavam dinheiro para que ele trouxesse produtos americanos. “Eu levava mais de três sacolas”, recordou.

Em 2011, ele desenvolveu um aplicativo de internet para a compra de mercadorias norte-americanas e britânicas, chamando amigos e parentes para testá-lo.

A empresa agora vende produtos de mais de 120 lojas de varejo eletrônico, incluindo Amazon, Bloomingdale e J. Crew. Neste ano, começou a fornecer também a clientes no Quênia e em Gana.

Os clientes fazem os pedidos e pagam os produtos pelo site da empresa ou por seu aplicativo móvel. A MallforAfrica em seguida repassa os pagamentos a outros varejistas, em nome dos seus clientes. Os produtos são entregues a um armazém no Oregon. De lá, a empresa os despacha para a África.

O tempo entre a encomenda e o embarque da mercadoria é de 4 a 15 dias. Folayan estima que sua empresa despache cerca de quatro toneladas de produtos para a África por semana. Os custos são reduzidos graças à prática de reunir as encomendas em contêineres, o que barateia o frete.

A MallforAfrica cobra dos seus clientes uma taxa de 3% a 5% do valor do produto. Seu faturamento anual saltou de US$ 15 milhões em 2013 para US$ 20 milhões em 2014, segundo a “Internet Retailer”.

Um dos maiores desafios da empresa é a reputação de fraudes da Nigéria. “Quando a palavra Nigéria é mencionada, todo mundo fica em alerta por causa do risco de fraudes”, disse Folayan.

Para impedir pagamentos com cartões de crédito fraudulentos, a MallforAfrica emite seus próprios cartões de débito. Os clientes compram créditos para o cartão antes de começarem a encomendar produtos. Eles também precisam apresentar documentos e assinar recibos comprovando que receberam a mercadoria.

Folayan disse que seu objetivo é manter um negócio próspero, com “fraude zero”.

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