Criando magia em uma exposição em Xangai: o vestido Spider Dress, da Intel, impresso em 3D, com sensores para detectar a proximidade de pessoas| Foto: Chinatopix/AP

O Google quer entrar em nossas roupas. O gigante de buscas on-line anunciou em maio um projeto de criação de tecidos condutores que poderão fazer parte de peças de vestuário.

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Os tecidos poderão registrar toques e transmitir informações. Em breve, pode ser possível transmitir uma mensagem de texto simplesmente passando a mão sobre a manga da roupa.

Alguns estilistas estão fazendo experimentos com impressoras 3D. Vestidos de noiva, chapéus e bijuterias impressos em 3D foram expostos na Exposição de Design em 3D, em Nova York, em meados de abril.

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“Você pode ir a uma loja de artigos para casamento e escolher um vestido no meio de milhares de modelos disponíveis. Mas não vai encontrar uma peça na qual você tenha contribuído com o estilista na criação do desenho”, disse ao jornal “The New York Times” Jessica Rosenkrantz, fundadora da casa de design em 3D Nervous System, de Boston.

Segundo ela, o uso de impressoras 3D permite que os clientes especifiquem parâmetros exatos e participem do processo de design.

Na exposição, Rachel Nhan exibiu um adereço impresso em 3D que seria usado sobre um vestido costurado à mão. “Outros países estão mais avançados em matéria de promover e expor coisas que não são nada ‘vestíveis’”, disse. “Agora isso está chegando aos EUA. Queremos ter nossa própria participação nesta onda, que só vai crescer.”

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Roupas do dia a dia também se beneficiam dos avanços tecnológicos. As camisas que não amarrotam têm alguns inconvenientes, como tecidos desconfortáveis e produtos químicos que podem ser prejudiciais. Mas os varejistas estão criando camisas mais macias e sem riscos.

A firma italiana Ermenegildo Zegna está usando um novo algodão de fibras extralongas, e a Brooks Brothers mudou o algodão usado em suas camisas que não amarrotam, adotando a fibra Supima, reduzindo o tratamento antiamassados.

Essas camisas foram responsáveis por 90% das vendas da empresa no ano passado.

“As empresas varejistas de alto nível entendem que, se conseguirem convencer o homem a comprar uma camisa dessas e depois outra, é dali que seu crescimento vai vir”, disse Marshal Cohen, da empresa de pesquisas de mercado NPD Group.

Graças à internet, roupas anteriores à era da moda que não amassa também podem encontrar novos lares. Sophie Hersan e Sébastien Fabre criaram o Vestiaire Collective, site francês de venda de roupas de luxo por consignação com artigos da Hermès, Chanel, Céline e outras grifes.

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Mais de uma dúzia de fiscais e autenticadores determinam o valor de mais de 200 artigos por dia. Fabre disse: “Queremos inspirar e também promover confiança: confiança por parte dos compradores. Confiabilidade da parte dos vendedores”.

A empresa atua no Reino Unido, na Alemanha e nos Estados Unidos. Mais de 3 milhões de membros compram e vendem no site, que cuida dos posts, das vendas e dos envios.

“Vestiaire” significa vestiário ou closet em francês, “e ‘Collective’ explica o lado comunitário do negócio”, disse Fabre ao “NYT”. “Sabemos que isso não ajuda muito na expansão internacional, mas supomos que as pessoas entendam que somos franceses.”

Algumas pessoas acham que a convergência entre tecnologia e moda precisa ser tratada com cuidado.

Na exposição em Nova York, Bradley Rothenberg, arquiteto por formação, exibiu um agasalho esportivo impresso em 3D, mas disse que ainda não se enxerga como designer de roupas.

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“Pessoas que trabalham com tecnologia acham que podem fazer moda e pessoas que trabalham com moda acham que podem fazer tecnologia”, disse ao “NYT”. “É na colaboração entre as duas áreas que acontece a magia.”