Pessoas aguardam a vez de se vacinarem no Hospital Manolo Morales, em Managua| Foto: EFE/Jader Flores
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O governo da Nicarágua anunciou neste sábado que aplicará vacinas cubanas contra a Covid-19 a crianças de 2 anos de idade ou mais e adolescentes de até 17 anos, em um total de 2,1 milhões de pessoas, ou seja, 32,3% da população do país.

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A vice-presidente da Nicarágua, Rosario Murillo, informou através da mídia oficial que as vacinas cubanas começarão a ser aplicadas no próximo dia 20, quando se espera que o primeiro lote chegue.

"Um total de 2.102.366 crianças e adolescentes poderão ser vacinados a partir de 20 de outubro", declarou Murillo, esposa do presidente do país, Daniel Ortega, que fez questão de frisar que a vacinação não será obrigatória.

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A primeira-dama explicou que o Ministério da Saúde endossou o uso emergencial das vacinas cubanas, Abdala e Soberana 02, para três doses de cada uma a ser administrada. Assim, a Nicarágua se junta a outros países que já utilizam imunizantes contra o coronavírus produzidos na ilha, como o Irã, a Venezuela e o Vietnã.

Mais 1,5 milhão de doses serão entregues

Sobre a vacinação de maiores de idade, Murillo disse que na próxima semana serão entregues 1,54 milhão de doses através do mecanismo Covax, com o qual esperam aumentar a cobertura dessa faixa etária. Até agora, as injeções só estão disponíveis para maiores de 30 anos.

O governo havia anunciado que pretendia vacinar 2,8 milhões de pessoas com 30 anos ou mais, de um total de 6,5 milhões de nicaraguenses. Na última quinta-feira, no entanto, anunciou que irá vacinar mulheres grávidas e menores acima de 12 anos com doenças crônicas. A partir do dia 11, essas pessoas serão inoculadas com o imunizante da Pfizer.

Segundo o Ministério da Saúde da Nicarágua, houve até agora 204 mortes por Covid-19 e 14.251 contágios no país até agora. Entretanto, a rede de médicos independente Observatório Cidadão Covid-19 relatou 5.551 óbitos por pneumonia e outros sintomas relacionados ao coronavírus, bem como 29.481 casos suspeitos de infecção pelo vírus SARS-CoV-2, dados que não são reconhecidos pelas autoridades.