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Repressão sandinista

Nicarágua condena mais duas presas políticas por “conspiração” e “notícias falsas”

O ditador Daniel Ortega: a Nicarágua tem ao menos 89 presos políticos, segundo grupo formado por organizações de direitos humanos, familiares de detidos e ex-encarcerados (Foto: EFE/Ernesto Mastrascusa)

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A Justiça da Nicarágua, subserviente ao ditador Daniel Ortega, condenou mais duas presas políticas à prisão. Anielka García e Olesia Muñoz receberam sentenças de oito e dez anos de prisão, respectivamente, por acusações de “conspiração para cometer danos à integridade nacional” e “propagação de notícias falsas”, segundo fontes do jornal Confidencial.

As penas foram definidas em agosto, mas o periódico nicaraguense só recebeu agora informações sobre o desfecho dos dois processos.

García, da cidade de Chichigalpa, no departamento de Chinandega, havia sido presa em abril, na sua empresa de serigrafia. No local, ela teria confeccionado sob encomenda camisetas azuis e brancas (cores da bandeira da Nicarágua) com as mensagens “Abril Vive” e “Viva a Nicarágua Livre”, em referência aos protestos por democracia de 2018, iniciados em abril daquele ano. Suspeita-se que ela foi condenada devido à produção dessas camisetas.

Muñoz já havia sido presa por motivos políticos, por apoiar os protestos na cidade de Niquinohomo em 2018, mas foi libertada em 2019.

Desde então, segundo o Confidencial, ela não esteve mais envolvida em organizações e protestos contra a ditadura da Nicarágua. Trabalhava fazendo fretes e cantava em missas. Ela foi presa novamente na Quinta-feira Santa deste ano, em 6 de abril.

Hoje, a Nicarágua tem ao menos 89 presos políticos, segundo informações do Mecanismo de Reconhecimento de Presos Políticos, grupo formado por organizações de direitos humanos, familiares de detidos e ex-encarcerados.

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