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Regime sandinista

Nicarágua condena opositor político por “propagação de fake news”

Judiciário dominado pelo ditador Daniel Ortega condenou o líder estudantil Jasson Salazar Rugama, que estava detido desde 4 de abril (Foto: EFE/Jorge Torres)

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Em um julgamento marcado por alegações de arbitrariedades e ilegalidades, a Justiça da Nicarágua, controlada pelo regime de Daniel Ortega, condenou o líder estudantil Jasson Noel Salazar Rugama à prisão na terça-feira (8) pelos crimes de "prejuízos à integridade nacional e propagação de notícias falsas". O tempo que ele deverá ficar na prisão não foi divulgado.

Salazar, que estava detido desde 4 de abril, enfrentou um julgamento cuja legitimidade foi questionada. A audiência não ocorreu nas dependências judiciais tradicionais, mas sim no Sistema Penitenciário Jorge Navarro, conhecido como La Modelo, o presídio para onde Ortega tem enviado a maioria dos presos políticos.

Além disso, o julgamento foi realizado a portas fechadas e denúncias apontam que o réu não teve acesso adequado à defesa, já que seu advogado não foi autorizado a estar presencialmente no local e teve que participar do julgamento por meio de videochamada.

O prisioneiro político é vice-presidente do Movimento Universitário 19 de Abril (MU19A), uma organização estudantil que busca mudanças políticas na Nicarágua.

De acordo com relatos, ele ficou desaparecido por 79 dias antes de ser levado a uma audiência inicial, que foi realizada em 8 de junho. O processo judicial, segundo denúncias, foi marcado por ausência de garantias processuais e transparência.

Em comunicado, o MU19A denunciou as irregularidades na detenção e no julgamento de Salazar Rugama. A organização afirmou que a ditadura sandinista manipulou o caso do líder estudantil com o objetivo de “silenciar vozes que clamam por uma mudança autêntica”. O comunicado enfatizou a inocência de Salazar Rugama.

"Exigimos sua libertação e que sejam respeitados os direitos fundamentais e a integridade física e psicológica de Jasson e de todos os presos políticos que enfrentam situações semelhantes", completou o comunicado.

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