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Perseguindo opositores e padres

Nicarágua quer se juntar a processo da África do Sul que acusa Israel de genocídio na CIJ

O ditador Daniel Ortega e sua esposa, a vice-presidente Rosario Murillo (Foto: Fernanda LeMarie/Ministério das Relações Exteriores do Equador/Wikimedia Commons)

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O regime da Nicarágua, que é acusado por diversas organizações de violar sistematicamente os direitos humanos e de perseguir opositores, quer se juntar à África do Sul no processo movido pelo país contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ). A ação de Pretória acusa os israelenses de realizar um “genocídio” em Gaza.

Segundo informações do portal nicaraguense independente La Prensa, o regime liderado pelo ditador Daniel Ortega já fez um pedido à CIJ para fazer parte processo, alegando que seu país integra a Convenção contra o Genocídio e, portanto, “tem a obrigação de prevenir e cooperar com a investigação desse crime”.

O processo movido pela África do Sul, que também conta com o apoio do Brasil e de Cuba, foi rejeitado por Israel, que o chamou de “calúnia”. As autoridades israelenses pontuam que a ação serve apenas como uma “cooperação” dos sul-africanos com os terroristas do Hamas, um grupo que, segundo Israel, é “responsável pelo sofrimento dos palestinos em Gaza, usando-os como escudos humanos e roubando-lhes ajuda humanitária”.

Além de ser acusado de perseguir opositores, o regime de Daniel Ortega também tem realizado uma perseguição intensa contra católicos pelo país, acusando inclusive padres e sacerdotes de “traição à pátria”. Tais perseguições culminaram em prisões, como a do bispo Rolando Álvarez, que já está no exílio neste momento.

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