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Colômbia havia criticado desapropriação da UCA, que teve sua gestão assumida pelo regime sandinista e o nome alterado para Universidade Nacional Casimiro Sotelo Montenegro
Colômbia havia criticado desapropriação da UCA, que teve sua gestão assumida pelo regime sandinista e o nome alterado para Universidade Nacional Casimiro Sotelo Montenegro| Foto: EFE/STR

A ditadura da Nicarágua acusou a Colômbia de adotar uma posição “intervencionista” ao criticar a desapropriação da Universidade Centro-Americana (UCA) pelo regime de Daniel Ortega.

Em comunicado divulgado neste sábado (19), o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia havia manifestado “preocupação” com o confisco dos bens da UCA, que teve sua gestão assumida pelo regime sandinista e seu nome alterado para Universidade Nacional Casimiro Sotelo Montenegro após acusações de “terrorismo”.

“A Colômbia expressa sua profunda solidariedade aos alunos, professores e demais funcionários afetados pela apreensão dos bens da UCA, que, sob a administração da Companhia de Jesus, é uma das principais instituições educacionais da Nicarágua”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores colombiano.

“O governo da Colômbia condena veementemente todas as medidas que limitam a liberdade religiosa, acadêmica e de expressão”, acrescentou a pasta.

Segundo informações do jornal Confidencial, o Ministério das Relações Exteriores da ditadura da Nicarágua divulgou nota na qual disse que não reconhece o governo da Colômbia “como autoridade alguma” e que “rejeita categoricamente a posição intervencionista” de Bogotá.

O regime sandinista acrescentou que o comunicado colombiano é uma manifestação de “insolência e vulgar ignorância sobre [qual seria] a atitude correta na gestão de assuntos entre os Estados” e alertou para que o governo de Gustavo Petro “fique de olho nos seus próprios problemas, que são enormes e afetam muito a vida e a convivência cidadã indispensável no seu próprio país”.

Também recomendou ao governo colombiano “ver a trava no próprio olho e não no dos outros, para não se intrometer no que não lhes interessa e nem lhes interessará, porque na Nicarágua somos livres e nunca mais seremos escravos”.

“O servilismo ou a servidão perante os senhores imperiais nunca deixou nada de bom e nunca serviu para esconder as próprias pestes, as mais cruéis misérias ou desgraças, as doenças da alma que só podem ser curadas cuidando delas com esmero e devoção”, apontou ainda a ditadura sandinista.

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