O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, em julho de 2022, durante a celebração do 43º aniversário da Revolução Sandinista, em Manágua.| Foto: EFE/Jorge Torres
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Rosario Murillo, esposa do ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, disse na terça-feira (4) que uma delegação da China está no país para debater a etapa final do Tratado de Livre Comércio (TLC) negociado entre os dois países, que deve ser concluído em agosto.

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"A visita que estamos recebendo é uma grande delegação do Ministério da Indústria e Comércio da República Popular da China", disse Murillo, nos canais oficiais do regime.

"Estamos trabalhando na etapa final do Tratado de Livre Comércio entre a República Popular da China e nossa Nicarágua, fortalecendo nosso potencial de intercâmbio econômico e comercial", acrescentou.

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A delegação chinesa, chefiada pelo vice-ministro da Indústria e Comércio, Wang Shouwen, é composta por "mais de 20 especialistas", de acordo com Murillo.

"Isso é criar o futuro, isso é trabalhar para um mundo de solidariedade e cooperação respeitosa, trabalhando para o bem comum", disse.

Segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MIFIC) da ditadura nicaraguense, Jesús Bermudez, o TLC será concluído em agosto e entrará em vigor em janeiro de 2024, após a ratificação pelos Congressos dos dois países.

O regime de Ortega disse que o "texto do acordo comercial está 90% concluído e terá 22 capítulos".

Uma vez finalizado esse texto, as partes passarão para a etapa de ratificação, com notas "diplomáticas" e o anúncio de sua entrada em vigor.

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Desde 1º de maio, a Nicarágua pode exportar produtos como carne bovina, frutos do mar e têxteis para a China sem tarifas, conforme um acordo assinado pelos dois países em julho de 2022.

O chamado "Acordo de Colheita Antecipada" é considerado o prelúdio para o estabelecimento de um TLC.

Por meio do tratado, 66 produtos nicaraguenses poderão entrar no mercado chinês com isenção de tarifas, e 78 produtos chineses entrarão no mercado nicaraguense sob as mesmas condições.

A Nicarágua restabeleceu relações com a China em dezembro de 2021, imediatamente após romper com Taiwan, que na época era um de seus melhores parceiros econômicos e um de seus principais cooperadores. A retomada dos laços diplomáticos se refletiu no comércio bilateral, que totalizou US$ 759 milhões em 2022, com as exportações nicaraguenses para a China crescendo 43,7% no último ano.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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