A Nicarágua está utilizando terrenos das câmaras empresariais do Comércio e Indústria, que foram confiscados pelo regime sandinista, para ampliar um hospital militar do Exército e construir uma praça.
Segundo o jornal independente La Prensa, que divulgou essa informação na terça-feira (26), o regime de Daniel Ortega tomou essa decisão após, em março de 2023, retirar a personalidade jurídica das câmaras empresariais do Comércio e Indústria do país sob a acusação de que elas estavam envolvidas em irregularidades.
Outras 16 organizações, que assim como as câmaras do Comércio e Indústria compõem o Conselho Superior da Empresa Privada da Nicarágua (Cosep), também foram afetadas pela decisão do regime sandinista e tiveram suas personalidades jurídicas retiradas e seus bens e terrenos confiscados em 2023.
De acordo com o La Prensa, um edifício de cinco andares já está em funcionamento parcial em uma parte do terreno confiscado. A outra parte está fechada para continuação de obras.
A praça que está sendo construída no local confiscado se chamará “Nações Unidas”. O La Prensa informou que, aproveitando o confisco, o Exército também está ampliando a área de estacionamento do hospital militar.
No ano passado, durante a decisão do ditador Ortega de retirar a personalidade jurídica das câmaras sem apresentar provas concretas de irregularidades, Lucy Valenti, anteriormente membro do conselho diretor da Cosep, expressou sua opinião, descrevendo o ato do ditador como parte de um processo de "radicalização do regime".
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