O ator Nicolas Cage concordou em entregar às autoridades dos Estados Unidos um raro crânio de dinossauro roubado que ele comprou por 276 mil dólares de uma galeria, para que possa ser devolvido ao governo da Mongólia. O gabinete do procurador dos Estados Unidos Preet Bharara, que fica em Manhattan, Nova York, entrou com uma queixa de confisco civil na semana passada para tomar posse do crânio do tiranossauro bataar, que será repatriado para a Mongólia.
A ação não especifica o nome de Cage como o proprietário, mas o assessor do ator confirmou que ele comprou o crânio em março de 2007 de uma galeria de Beverly Hills, a IM Chait. O ator de “A Lenda do Tesouro Perdido” não é acusado de nenhum delito, e as autoridades disseram que ele voluntariamente concordou em entregar o crânio depois de saber das circunstâncias.
Alex Schack, assessor de Cage, disse em um e-mail que o ator recebeu um certificado de autenticidade da galeria e foi contatado pela primeira vez por autoridades norte-americanas em julho de 2014, quando o Departamento de Segurança Interna o informou de que o crânio podia ter sido roubado.
Depois de investigações que comprovaram que o crânio, de fato, tinha sido levado ilegalmente da Mongólia, ele concordou em entregá-lo, disse Schack. Cage deu um lance maior pelo crânio do que o ator Leonardo DiCaprio, de acordo com reportagens.
A galeria IM Chait já havia comprado e vendido um esqueleto de dinossauro contrabandeado ilegalmente pelo paleontólogo Eric Prokopi, condenado pela Justiça, a quem Bharara definiu como “controlador do mercado negro de fósseis pré-históricos”.A galeria Chait não foi acusada de delito.
Não ficou claro se o crânio comprado por Cage foi especificamente relacionado a Prokopi, que se declarou culpado em dezembro de 2012 de contrabando de um esqueleto de tyrannosaurus bataar do deserto de Gobi, da Mongólia, e mais tarde foi condenado a três meses de prisão.
Como parte de sua confissão de culpa, Prokopi ajudou promotores a recuperar pelo menos 17 outros fósseis.