Depois de participar de reunião bilateral com a presidente Dilma Rousseff na manhã desta sexta-feira no Palácio do Planalto, o presidente venezuelano Nicolás Maduro disse que ontem se encontrou com o vice americano, Joe Biden, e pediu respeito. Maduro contou que o colega uruguaio, Jose Mujica, também participou do encontro.
"O encontro com Joe Biden foi um encontro cordial, foi um ambiente que deveria haver sempre, de respeito. O que já havíamos pedido aos Estados Unidos mil vezes em público e privado, uma relação de respeito, mais nada. Na Venezuela nós temos um governo e isso vai em respeito ao direito internacional, um governo apreciado e apoiado por todo o continente, pela América Latina, pelo Caribe, América do Sul. Creio que ele se deu conta, no tempo que aqui esteve, que temos uma relação de cordialidade, de irmandade dentro da diversidade. Na América do Sul cabemos todos. E creio que os americanos devem entender isso", disse Maduro a jornalistas, na saída da reunião.
O venezuelano disse que aproveitou o encontro com Dilma para agradecer "toda a solidariedade que Brasil tem tido com a Venezuela".Ele mencionou o comunicado que o Brasil e demais países da Unasul assinaram ontem rechaçando uma lei aprovada pelos Estados Unidos aplicando "sanções unilaterais a funcionários do governo venezuelano".
Maduro propôs à colega petistas aprofundar as relações dos dois países na área tecnológica. Sem entrar em detalhes, o venezuelano disse que lançará um programa econômico em seu país para enfrentar a crise econômica e a baixa no preço do petróleo, principal fonte da economia daquele país.
Além de Maduro, Dilma teve encontros bilaterais com o primeiro ministro da Suécia, Stefan Lofven; o vice-presidente da China, Li Yuanchao; e o presidente da Guiné Bissau, Mário José Vaz.
A presidente embarca hoje à tarde para a base naval de Aratu, próxima a Salvador, onde descansa até a manhã de segunda-feira.