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Protesto em Niamey contra sanções e possível intervenção militar estrangeira no Níger após o golpe de Estado de julho.
Protesto em Niamey contra sanções e possível intervenção militar estrangeira no Níger após o golpe de Estado de julho.| Foto: Issifou Djibo/EFE/EPA

O chefe do Estado-Maior do Exército do Níger, o general-de-brigada Moussa Salaou Barmou, recentemente nomeado pela junta golpista, ordenou que todas as Forças Armadas fossem mobilizadas em alerta máximo, em um contexto marcado por ameaças de ação militar regional no país. Em uma mensagem radiofônica urgente emitida nas últimas horas, o general nigerino atribui sua decisão às “ameaças de agressão contra o território nacional que se tornam cada vez mais palpáveis” e para “evitar um efeito de surpresa geral” e “proporcionar uma resposta adequada” a estas ameaças.

O Níger vive uma crise política desde 26 de julho, quando uma junta militar – autodenominada Conselho Nacional para a Salvação da Pátria (CNSP) e liderada pelo antigo chefe da Guarda Presidencial, general Abdourahamane Tiani – destituiu o presidente Mohamed Bazoum (em prisão domiciliar desde então) e suspendeu a Constituição.

O golpe foi condenado pela comunidade internacional e pela Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao), que decretou duras sanções econômicas e comerciais contra o Níger (um membro do bloco antes de ser suspenso) e também ameaçou uma ação militar contra os líderes do golpe para restaurar a ordem constitucional.

O presidente da Nigéria e atual líder da Cedeao, Bola Ahmed Tinubu, afirmou nesta sexta-feira que está tentando “frear” o bloco para evitar uma intervenção militar contra a junta golpista e continuar defendendo o diálogo. Vários países expressaram sua rejeição à opção militar, incluindo os vizinhos Mali e Burkina Faso, também governados por juntas militares; ambos alertaram que qualquer ação militar contra o Níger equivaleria a uma declaração de guerra contra eles.

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