O governo da Nigéria anunciou ontem que assinou um acordo de paz com o grupo islâmico Boko Haram, contra o qual lutou durante seis anos, em um conflito que custou milhares de vidas. A declaração ainda não pôde ser confirmada com o outro lado que, por duas vezes, já teria firmado e desrespeitado acertos desse tipo.
Segundo as autoridades nigerianas, o acordo prevê a libertação de 219 adolescentes que foram sequestradas pelo grupo, incluindo alunas de uma escola interna atacada em abril desse ano. "Eles também nos asseguraram que as alunas e todas as outras pessoas cativas estão vivas e bem", disse o porta-voz do governo, Mike Omeri.
O gabinete do presidente do Chade, Idriss Deby, que supostamente supervisionou as negociações, não confirmou o envolvimento do líder do país no acerto e também a assinatura de um suposto acordo de paz. Um porta-voz do presidente do Níger, Mahamadou Issoufou, o qual supostamente teria participado do diálogo, informou que desconhecia essa informação.
Eleição
O anúncio da Nigéria acontece durante uma campanha eleitoral particularmente amarga. Hoje, o presidente Goodluck Jonathan deve declarar formalmente que irá concorrer a um segundo mandato. Na quarta-feira, seu rival, o ex-líder militar Muhammadu Buhari, anunciou sua campanha para retirar Jonathan do pleito, que será realizado em fevereiro. A capacidade do atual chefe de Estado em lidar com o Boko Haram será uma questão-chave para a tentativa de reeleição.
Em 2012 e 2013, o governo da Nigéria anunciou que havia chegado a um acordo de paz com o grupo. Mas, em ambas as vezes, os ataques do Boko Haram continuaram e autoridades disseram que haviam negociado com integrantes de menor categoria do movimento, os quais teriam exagerado suas posições dentro do grupo.
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