O governo da Nigéria disse nesta quarta-feira (28) ter conseguido libertar 338 reféns da facção radical Boko Haram que estavam em acampamentos na floresta de Sambisa, no norte do país.
Segundo o Exército, a libertação ocorreu após os militares atacarem dois acampamentos perto das aldeias de Bulajilin e Manwashe. Na versão do governo, a ação terminou com 30 militantes mortos, dentre eles quatro homens-bomba.
O porta-voz das Forças Armadas, Sani Usman, disse que foram retirados 192 crianças e adolescentes, 138 mulheres e oito homens. Eles foram levados a um centro militar na localidade de Mubi, na mesma região.
Nas redes sociais, os militares publicaram fotos de armas e munição apreendidas na operação e corpos que dizem ser dos militantes. Além da ação do Exército, a Força Aérea atacou depósitos do Boko Haram na mesma região.
Desde a chegada do presidente Muhammadu Buhari ao poder, em agosto, as Forças Armadas da Nigéria têm reforçado suas operações contra a milícia radical, que no ano passado declarou lealdade ao Estado Islâmico.
As ações militares, porém, não provocaram a diminuição das mortes provocadas pelos extremistas. Desde junho, pelo menos 1.600 civis foram mortos em ataques do Boko Haram na Nigéria e nos vizinhos Camarões, Chade e Níger.
Também não houve a diminuição do número de sequestros. A organização Anistia Internacional afirma que mais de 2.000 mulheres e crianças foram capturadas pelos milicianos desde janeiro de 2014.
A captura de mulheres e meninas provocou comoção internacional em abril do ano passado quando militantes do Boko Haram sequestraram 219 alunas de uma escola de Chibok, no Estado de Borno.
Apesar da forte campanha internacional “Bring back our girls” (Tragam nossas meninas de volta, em inglês), nenhuma das vítimas deste sequestro foi recuperada até o momento pelas autoridades nigerianas.
Impasse sobre apoio a Lula provoca racha na bancada evangélica
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Copom aumenta taxa de juros para 12,25% ao ano e prevê mais duas altas no próximo ano
Eleição de novo líder divide a bancada evangélica; ouça o podcast