O exército da Nigéria anunciou nesta quarta-feira ter matado o "número dois" do Boko Haram, Momodu Bama (conhecido também como Abu Saad) durante um ataque contra a seita radical islâmica no estado de Borno.
Em comunicado emitido em Maiduguri, capital de Borno, o porta-voz da Força de Ação Conjunta (JTF) do exército, tenente-coronel Sagir Moussa, garantiu que Abu Saad morreu no dia 4 em um confronto do Boko Haram com a polícia na cidade de Bama.
Moussa definiu Saad como o "número dois" dos fundamentalistas, logo atrás do líder da seita, Abubakar Shekau, e como um dos mais "impiedosos e cruéis assassinos do grupo, tendo prazer de massacrar suas vítimas".
A JFT havia oferecido uma recompensa de 25 milhões de nairas (R$ 359 mil) por qualquer informação que servisse para deter o dirigente terrorista.
Abu Saad morreu com o pai, Abatcha Flatari, que a JTF descreveu como "um dos mentores espirituais" do Boko Haram que se dedicava a "doutrinar" as crianças.
Borno é um dos três estados onde o presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, decretou estado de emergência em maio e autorizou um grupo militar a perseguir a seita.
Na segunda-feira, Shekau divulgou um vídeo em que relativizava o sucesso da operação do exército nigeriano e reivindicava a autoria de alguns dos atentados recentes mais fatais do grupo.
O nome Boko Haram significa nas línguas locais "a educação não islâmica é pecado", e seus membros lutam para impor a lei islâmica no país, de maioria muçulmana no norte e cristã no sul.
Desde 2009, quando a polícia matou o líder do Boko Haram, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma sangrenta campanha que já causou 1.400 mortes, segundo a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW), e 3 mil de acordo com o exército da Nigéria.
A HRW, a Anistia Internacional (AI) e outras organizações internacionais pró-direitos humanos denunciaram vários abusos por parte das Forças de Segurança da Nigéria.
Com 170 milhões de habitantes de mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, o país mais populoso da África, sofre de muitas tensões causadas pelas profundas diferenças políticas, econômicas, religiosas e territoriais.
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