Escolas públicas nigerianas estão reabrindo no Estado de Borno, no nordeste do país, onde militares expulsaram os extremistas do Boko Haram de muitas cidades e vilarejos, disse o porta-voz das Forças Armadas coronel Sani Usman Kukasheka.
Muitas escolas ficaram fechadas por mais de dois anos em áreas do Estado de Borno que tinham sido controladas pelo Boko Haram, grupo cujo nome significa “a educação ocidental é pecaminosa”. Mas uma ofensiva multinacional de três meses no início deste ano tirou o Boko Haram das cidades, incluindo Gwoza, que havia sido sede do que o grupo chamou de seu califado islâmico.
As Forças Armadas da Nigéria reabriram uma escola pública em Gwoza neste sábado. As escolas estão sendo reabertas enquanto as tropas continuam recapturando território dos insurgentes, disse Usman. “Os militares em conjunto com outras agências de segurança e outras partes interessadas na segurança local adotaram medidas adequadas para garantir a proteção e segurança de alunos e professores. As aulas já começaram e o comparecimento foi muito impressionante”, disse Usman.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) diz que pelo menos 1,4 milhão de crianças na Nigéria e nos países vizinhos estão atualmente deslocadas pela insurgência do Boko Haram. Pelo menos 500 mil crianças foram deslocadas com a intensificação dos ataques dos militantes na região. Cerca de 2,1 milhões de pessoas foram deslocadas na região pela revolta de 6 anos do Boko Haram. Cerca de 20 mil pessoas morreram em decorrência da violência.
No estado vizinho de Adamawa, uma universidade que abriu após o Boko Haram ter sido forçado a sair pelos militares levou caçadores locais para defender alunos e funcionários. A universidade contratou mais de 80 caçadores para proporcionar segurança contra possíveis atentados, disse o vice-chanceler da Universidade do Estado de Adamawa em Mubi, professor Shall David Josué.