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Acordo

Nigéria espera que 200 meninas sequestradas sejam libertadas semana que vem

A Nigéria espera que as mais de 200 meninas sequestradas há seis meses pelo grupo Boko Haram sejam libertadas semana que vem, depois de o exército garantir ter chegado a um acordo de cessar-fogo com o grupo terrorista, informaram neste sábado (18) à Agência Efe fontes do governo.

Elas serão entregues às autoridades do Chade, país que acolheu as negociações com o grupo terrorista, "mas é quase impossível dizer exatamente quando ocorrerá (a libertação)", disseram fontes do governo da Nigéria.

O pacto, que poria fim a uma das mais sangrentas campanhas terroristas, foi anunciado nesta sexta-feira (17) pelo chefe do Estado-Maior, Alex Badeh, em um breve comunicado: "Desejo informar aos cidadãos que chegamos a um acordo de cessar-fogo".

Alguns veículos da imprensa local e internacional apontam que a libertação das meninas acontecerá na próxima segunda ou terça-feira.

Alguns analistas assinalaram que as meninas serão trocadas por altos líderes do Boko Haram presos na Nigéria.

Apesar do anúncio da imediata libertação das menores, são muitos os que duvidam da veracidade do pacto com Boko Haram, já que o exército nigeriano anunciou outras vezes medidas semelhantes que nunca chegaram a se materializar.

O ativista Shehu Sani, que atuou em outras ocasiões como negociador com o grupo terrorista, afirmou que fontes ligadas ao Boko Haram negaram ter participado de qualquer negociação de cessar-fogo.

O sequestro das mais de 200 meninas aconteceu 14 de abril. Cerca de 50 terroristas atacaram à noite uma escola de Chibok, no norte da Nigéria, e as levaram em várias caminhonetes.

Apesar do mundo ter se mobilizado para reivindicar sua libertação através de uma campanha nas redes sociais e a Nigéria ter tido ajuda internacional nos trabalhos de resgate, o paradeiro das menores é até hoje desconhecido.

Boko Haram, que significa em línguas locais "A educação não islâmica é pecado", mantém uma sanguinária campanha no país que custou a vida de mais de três mil pessoas este ano, segundo dados do governo nigeriano.

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