A Nigéria anunciou na quarta-feira que vai equipar seus aeroportos internacionais no ano que vem com scanners de corpo inteiro, depois que um nigeriano de 23 anos iniciou em Lagos uma viagem na qual tentaria explodir um voo com destino aos EUA.
Harold Demuren, diretor da Autoridade Nigeriana de Aviação Civil, disse que o país já iniciou o processo de aquisição das máquinas, que usam ondas de rádio para gerar uma imagem do corpo, incluindo detalhes que estão ocultos atrás da roupa.
"São máquinas novas. Não muitos aeroportos no mundo as estão operando atualmente, mas a Nigéria está determinada, por causa da nova face da ameaça que estamos vendo, em adquiri-las", disse Demuren a jornalistas em Lagos. "Isso vai ocorrer no ano novo. Planejamos adquiri-las para todos os nossos aeroportos internacionais."
As cidades de Abuja e Lagos têm voos internacionais para vários destinos da Europa, Oriente Médio, Estados Unidos e África.
No frustrado atentado do dia de Natal, Umar Farouk Abdulmutallab, de 23 anos, pegou em Lagos um voo para Amsterdã, onde fez conexão para um voo que ele tentou explodir quando o avião se aproximava de Detroit.
A Holanda anunciou na quarta-feira que o aeroporto de Schiphol, nos arredores de Amsterdã, vai começar a usar os scanners de corpo inteiro dentro de três semanas.
Os sensores de corpo inteiro são mais eficientes do que detectores de metais, pois podem apontar explosivos em forma de pó ou líquido, por exemplo. Mas há questionamentos sobre a privacidade dos passageiros e o custo da operação.
Demuren disse que, enquanto as novas máquinas não chegam, as autoridades nigerianas foram instruídas a observarem medidas mais rígidas de segurança, o que inclui uma "revista física de 100 por cento" em todos os passageiros, e a colocação de líquidos e aerossóis em sacos plásticos transparentes.
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