Um nigeriano que tentou explodir um avião comercial norte-americano passou por controles de segurança normais quando iniciou sua viagem, em Lagos, e tinha um visto de entrada nos Estados Unidos, emitido em Londres, disse uma autoridade aeroviária nigeriana.

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Umar Farouk Abdulmutallab, de 23 anos, foi acusado formalmente no sábado de tentar explodir o voo 253 da Northwest Airlines, um Airbus A-330 da frota da Delta Air Lines, quando a aeronave se aproximava de Detroit proveniente de Amsterdã no Dia de Natal, com quase 300 pessoas a bordo.

Ele iniciou sua viagem em Lagos, centro comercial da Nigéria, onde embarcou em um voo da KLM para Amsterdã, antes de passar por outra checagem de segurança enquanto fazia a conexão no aeroporto de Schirpol, informou a agência antiterrorismo holandesa NCTb.

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Os Estados Unidos pediram para que aeroportos e empresas aéreas de todo o mundo reforcem a segurança após a tentativa fracassada de ataque, que levantou questões sobre como Abdulmutallab conseguiu entrar em um avião com materiais explosivos mesmo com a intensificação das medidas de segurança depois dos ataques de 11 de setembro de 2001.

O chefe da Autoridade de Aviação Civil da Nigéria, Harold Demuren, afirmou que Abdulmutallab passou pelos procedimentos padrão de verificação no aeroporto de Lagos antes de entrar no voo da KLM.

"O passageiro não despachou mala alguma, mas foi visto com uma sacola de mão. Ele passou pelo procedimento padrão de fiscalização e processo de check-in", disse Demuren em um comunicado publicado em jornais nigerianos no domingo, citando imagens da CCTV.

Ele afirmou que Abdulmutallab tinha visto de múltiplas entradas nos Estados Unidos, emitido em Londres no dia 16 de junho de 2008 e que devia expirar em junho de 2010. O visto foi examinado sem que o sistema avançado de informação de passageiros, detectasse qualquer objeção.

"Depois, ele foi submetido a medidas de segurança da aviação e passou pelo detector de metais e máquina de raio X para visualização de bagagem. Ele seguiu para o portão de embarque, onde passou por outra visualização, como foi confirmado por autoridades da KLM", disse.

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Demuren disse que a Nigéria passou recentemente por auditorias de segurança pela Organização Internacional da Aviação Civil e pela Auditoria de Segurança dos Transportes dos Estados Unidos.

Abdulmutallab teve visto recusado de entrada na Grã-Bretanha em maio de 2009, quando tentou entrar em um curso em uma faculdade fictícia, informou a edição deste domingo do jornal The Times.

Filho de um respeitado banqueiro nigeriano, Abdulmutallab foi acusado de tentar explodir o avião ao detonar um dispositivo explosivo amarrado ao seu corpo.