Insegurança
Dois presos por planejar ataque a Nova Iorque
Com as forças de segurança dos EUA em polvorosa após o atentado frustrado do dia de Natal, dois homens foram presos ontem, acusados de planejar ataques a bomba contra Nova Iorque no ano passado.
Adis Medunjanin seria um imigrante bósnio, e Zarein Ahmedzay, cidadão americano. Os dois estariam associados ao afegão radicado nos Estados Unidos Najibullah Zazi, que teria recebido treinamento da Al-Qaeda no Paquistão em 2008 e foi preso em setembro.
O nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, que tentou se explodir durante um voo americano rumo a Detroit no Natal, se declarou inocente na primeira audiência marcada para tratar do caso, ontem. Abdulmutallab foi indiciado por seis crimes, entre eles tentativa de uso de arma de destruição em massa e de assassinato, em uma aeronave com 279 passageiros e 11 tripulantes.
A audiência não durou mais do que cinco minutos. O acusado entrou de cabeça raspada e algemas nos pés. Deu respostas curtas para as perguntas feitas pelo juiz Mark Randon e se limitou a dizer "sim quando questionado se entendia as acusações.
Ele permaneceu calado enquanto seus advogados alegaram inocência em seu nome. Sua resposta mais longa foi dizer que havia tomado alguns analgésicos, ao ser questionado se havia tomado algum medicamento nas 24 horas antes da audiência.
Abdulmutallab é acusado de entrar no voo 253 da Northwest de Amsterdã rumo a Detroit com explosivos escondidos sob as roupas e de tentar detoná-los durante o voo. Ele conseguiu iniciar o fogo, mas foi rendido por passageiros e tripulantes.
A primeira aparição de Abdulmutallab em uma corte federal foi marcada pela presença de jornalistas, muçulmanos americanos e americanos de origem nigeriana.
A audiência começou pouco antes das 14h (pouco antes das 17h no Brasil), mas os preparativos começaram cedo. Os espectadores tiveram de passar por detectores de metal e cães farejadores foram conduzidos pelos corredores da corte.
Segundo especialistas, é comum que acusados se declarem inocentes na primeira audiência. Abdulmutallab tem o direito de pedir um julgamento rápido, que poderia começar em 90 dias. Caso os advogados de defesa ou a acusação peçam mais tempo para preparar o caso, ele pode passar mais de um ano sem ir a julgamento.
Uma das passageiras do voo 253 compareceu à audiência. Hebba Aref, de 27 anos, trabalha como advogada no Kuait e estava sentada no voo seis fileiras atrás do nigeriano. Ela estava acompanhada de familiares. "Esta pessoa mudou a minha vida e a maneira como as coisas são feitas nos EUA. Eu só queria vê-la novamente, disse. Ela relatou que sentiu um buraco no estômago ao ver Abdulmutallab outra vez.
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