Moradora avalia estragos em sua loja em Ipswich, a 40 km de Brisbane, nesta sexta-feira (14)| Foto: Reuters

O nível do rio Brisbane começou a baixar nesta sexta-feira (14), e os moradores da cidade de Brisbane, capital do estado de Queensland, começavam a contar os prejuízos e a consertar os estrados.

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Com a água na marca dos 2,5 metros, depois de ter atingido 4,5 metros. os primeiros trabalhos de limpeza começaram na manhã desta sexta.

Com a melhora da situação, alguns moradores puderam voltar a suas casas e lojas para ter noção dos estragos causados pelo lodaçal, que afetou mais de 26 mil imóveis na terceira maior cidade da Austrália.

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Outros moradores, no entanto, terão que esperar semanas e até meses para voltarem a suas casas.

As equipes de limpeza municipais tiveram a ajuda de dezenas de equipes de voluntários organizadas por grupos de moradores e pelo Facebook.

Cerca de 65 mil casas e estabelecimentos comerciais seguem sem eletricidade e água potável, e seus moradores viajam para outros bairros para recarregar as baterias e encher garrafões de água.

Durante os primeiros trabalhos de limpeza, as equipes destacaram o mau cheiro, já que muita comida estragou e se misturou à água e ao lodo.

O prefeito de Brisbane, Campbell Newman, disse que a prioridade no momento é reabrir as ruas da cidade, enquanto a primeira-ministra do país, Julia Gillard, destacou mais 1.200 soldados para a zona do desastre.

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Gillard assegurou que as tropas não deixarão faltar comida e outros artigos básicos nos bairros de difícil acesso.

Engenheiros do Exército supervisionarão consertos urgentes em infraestruturas essenciais como estradas e pontes para recuperar a mobilidade o mais rápido possível.

Enquanto isso, as equipes de resgate - auxiliadas por militares e voluntários - continuam buscando 55 desaparecidos no vale do Rio Lockyer.

As enchentes já fizeram pelo menos 19 mortos durante esta semana e 26 desde as primeiras chuvas, em novembro, além de 2,5 milhões de afetados na região oriental da Austrália.

Impacto

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Especialistas acreditam que o impacto na economia australiana será superior ao deixado em 2005 pelo furacão Katrina nos Estados Unidos.

Uma área equivalente à da África do Sul foi oficialmente declarada em situação de calamidade. A temporada de chuvas ainda vai durar mais dois meses, e as autoridades alertam que as represas locais precisariam de pelo menos mais sete dias para baixar a níveis seguros.

O dilúvio foi atribuído ao fenômeno climático La Niña, que acontece nas águas do Pacífico. O ano passado foi o terceiro mais chuvoso já registrado na Austrália, e os meteorologistas preveem uma temporada de ciclones mais intensa do que a média.